sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

UniSantos sugere construção de um quebra mar no canal de navegação do Porto de Santos

         A UniSantos (Universidade Católica de Santos) realizou um estudo a partir do curso de Engenharia Civil e propôs a construção de um quebra-mar com cerca de três quilômetros de extensão, nas proximidades do canal de navegação do Porto de Santos. De acordo com eles, essa é a solução para o problema da erosão nas praias santistas.
         Segundo Sueli Moreno Ferreira, Engenheira Civil, formada pela UniSantos, que apresentou a pesquisa, inicialmente o fenômeno era verificado apenas na Ponta da Praia, mas também atingiu a Praia da Aparecida “Primeiro, começamos a pesquisar o motivo do problema. E vimos que há a questão da dragagem. Só que, para dar uma solução, o professor já tinha sugerido o quebra-mar. Pesquisamos para ver se realmente era a forma mais adequada”, explicou Sueli.
         Sueli relatou que durante as pesquisas, foram feitos estudos de caso sobre locais onde a construção de um quebra-mar resolveu problemas semelhantes aos enfrentados na Cidade. Além disso, para comprovar a viabilidade técnica do projeto, foram realizadas simulações estáticas, utilizando a areia coletada na praia de Santos.
         O processo foi feito em duas etapas – a primeira sem o quebra-mar e a segunda com a estrutura. Em ambas, não foram levadas em consideração a ação de ondas e das correntes marítimas. “A gente provou a estática. Agora, a gente pretende entrar na dinâmica, comprovar que o problema se acelera com a dinâmica das correntes. Depois, vamos projetar o cais e o custo benefício que ele traria para a cidade”, disse o professor José Renato Spina Martins.
         Para o orientador, com a construção de um quebra-mar de três quilômetros em concreto armado na Ponta da Praia, é possível reduzir o processo de erosão na Ponta da Praia e também dotar a região de mais cinco pontos de atracação de navios. A estrutura ainda pode receber marinas para barcos de pequeno porte e se tornar um equipamento turístico.
         Spina calculou que seriam necessários entre três e quatro anos para a construção da estrutura capaz de conter a erosão. Mas os custos ainda não foram mensurados. “Nos próximos estudos, a gente vai detalhar esse tipo de cais e orçar para ter um estudo completo”, explicou o professor. O orientador da UniSantos pretende continuar a pesquisa. “De repente, aprofundando os estudos, a gente contribui para a sociedade santista e para resolver esse problema antes que a Ponta da Praia desapareça”, afirmou.

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