Casco da plataforma P-68 deixa Rio Grande e aumenta preocupação em relação a possibilidade de demissões na Ecovix

         O casco da plataforma de petróleo P-68 deixou o Porto de Rio Grande nesta quinta-feira e elevou a preocupação em torno da possibilidade de demissões no polo naval gaúcho. O Sindicato dos Metalúrgicos da cidade informou que voltou o temor de que com a entrega do módulo ocorram dispensas de funcionários.
         Esse foi o terceiro casco montado pela Ecovix (Engevix Construções Oceânicas) entregue à Petrobras. A estrutura foi carregada por dez rebocadores, seguindo para o Estaleiro Jurong, no Espírito Santo, onde será concluída e depois entrará em operação na Bacia de Santos, no litoral do Estado de São Paulo.
         A partir da entrega dos cascos, o Sindicato solicitou reunião com a direção da empresa, a segunda em dois dias. Na quarta-feira, ante a especulação de que a Ecovix entraria com processo de recuperação judicial, houve encontro em razão da apreensão estabelecida na cidade.
         O estaleiro não confirmou a informação e revelou que negocia com a Petrobras propostas para manter a produção na cidade. A recuperação judicial seria a última alternativa para salvar a empresa. Também nesta quinta-feira, a Ecovix comunicou que as negociações com a estatal petroleira não avançou. Existe possibilidade de que a Petrobras cancele os contratos para a construção de dois cascos ainda pendentes.