O último relatório anual de custos operacionais e previsões 2016/17
publicado pela consultoria global de navegação Drewry, apontou que 2016
foi um ano difícil para a maioria dos armadores e operadores. A
avaliação da Drewry em 44 tipos e tamanhos de navios mostra que os
armadores reduziram os custos em 2016 pelo segundo ano consecutivo.
A
redução média dos custos operacionais totais dos navios entre as
categorias de navios abrangidos foi de 4,4%. Isso após uma queda de 1,5%
em 2015. Taxas de frete fracas, declínio dos valores dos
ativos, erosão da lucratividade e baixos saldos de caixa forçaram os
armadores a reduzir os custos sempre que possível, inclusive as despesas
operacionais dos navios.
Porém esse cenário começa a mudar a
partir do ano que vem, quando esses custos operacionais começam a
crescer novamente. De acordo com o editor do relatório, Nikhil Jain, o
alcance de novas reduções significativas de custos é limitado. “Nossa
opinião é que os custos vão subir em 2017 e depois, mas talvez em níveis
mais baixos do que o previsto", comentou.
A consultoria antecipa
aumentos modestos nos custos de tripulação em consequência dos acordos
salariais internacionais. O excesso de capacidade das seguradoras e a
concorrência entre os provedores de seguros ajudarão a compensar o
impacto do aumento dos valores dos ativos no mercado de casco e seguros
de máquinas.
"Embora a frota mundial
seja relativamente jovem, espera-se que os gastos com seguros de casco e
máquinas subam. A recente legislação relativa à modernização dos
sistemas de gestão das águas de lastro levará a um aumento das despesas,
pelo que é seguro assumir que as despesas com reparo e manutenção
subirão a taxas superiores à inflação", finalizou Jain.
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