sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Codesp altera tarifas de energia elétrica no Porto de Santos e novos valores serão definidos em 90 dias

         As tarifas de energia elétrica no Porto de Santos foram alteradas e os novos valores serão definidos em 90 dias. O prazo foi estabelecido pela Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp, a Autoridade Portuária). Nesse período, haverá a troca de medidores das instalações. 
         Dos 23 mil kW consumidos em média pelo Porto, a Usina Hidrelétrica de Itatinga, de propriedade da Docas e que fica em Bertioga, é responsável por 15 mil kW. Os outros 8 mil kW são obtidos junto às concessionárias de energia. Na Margem Direita (Santos), o complemento vem da CPFL, enquanto na Margem Esquerda (Guarujá e Área Continental de Santos), da CPFL e da Elektro.
         Antes a Docas cobrava uma tarifa de RS 0,33 para alta tensão e R$ 0,49 para baixa tensão por kW/hora dos terminais. Segundo a estatal, estes recursos são insuficientes para bancar os custos de energia.
         A companhia ainda argumenta que os valores pagos pelos terminais são fixos e não levam em conta a estrutura tarifária do setor elétrico, que varia de acordo com a demanda contratada. As tarifas também mudam sazonalmente, conforme o clima. Essa variação da origem às bandeiras verde, amarela e vermelha.
         No período de transição, iniciado no último dia 1º e que vai durar 90 dias, a Codesp cobrará uma média de R$ 0,40 por kW/hora (impostos já incluídos). Nesta fase, serão instalados, pela Docas, os medidores capazes de aferir o consumo de energia.
         Nesses 90 dias, os terminais estarão isentos de cobranças por consumo excessivo de energia reativa e pela ultrapassagem de demanda, itens cobrados pelas concessionárias. No fim desse prazo, eles passarão a pagar R$ 0,08 por kW/hora à Codesp, além dos valores integrais cobrados pelas concessionárias - cifras que serão definidas.
         Para o diretor-presidente da Docas, José Alex Oliva, a cobrança será equilibrada. "A tarifa de energia elétrica do Porto de Santos está congelada há duas décadas. A Codesp estava entregando a energia com subsidio, o que gerou somente neste ano, até setembro, um déficit de quase R$ 30 milhões", afirmou.


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