A causa do corte dos investimentos é a Operação Lava-jato, deflagrada pela Polícia Federal, e que já denunciou dezenas de empresários e políticos (alguns já foram presos). As investigações, que alcançaram praticamente a totalidade das grandes construtoras do Brasil, provocaram o rompimento desses contratos no continente.
Os projetos financiados contemplavam obras em seis países, todos sob suspeita de irregularidades envolvendo o pagamento de propina e superfaturamento. O Porto de Mariel foi uma promessa do presidente Raúl Castro ao chegar ao poder em Cuba, em 2008, sucedendo seu irmão Fidel, morto no mês passado.
O complexo portuário de Mariel está localizado a oeste da capital cubana, Havana e foi transformado numa Zona Especial de Desenvolvimento. O objetivo do terminal é atrair investimentos estrangeiros para tentar alavancar a combalida economia da ilha caribenha.
. Na primeira etapa das obras em Mariel, envolvendo principalmente o terminal de contêineres, a estimativa, não confirmada oficialmente, é de que o aporte via Odebrecht chegou a US$ 832 milhões. O financiamento foi concedido pelo Bndes e resultou das boas relações dos ex-presidentes Luís Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, do Partido dos Trabalhadores (que estavam então no poder), com o regime comunista de Cuba. Hoje, as condições que possibilitaram o empréstimo estão sendo questionadas e investigadas. A acusação é de que houve diversas irregularidades no contrato. (fonte: Mundo Marítimo, do Chile)
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