quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Ministério dos Transportes aceita proposta da Riogaleão de pagar apenas parte da outorga devida ao governo

         O Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil aceitou a proposta da concessionária Riogaleão para pagar apenas parte da outorga devida ao governo. A empresa pagará R$ 120 milhões até a próxima sexta-feira (30), e outros R$ 37 milhões até o fim de abril. "Assim, o Riogaleão terá mais quatro meses para honrar a outorga que deveria ter sido paga em maio passado, sobre a qual corre, desde então, multa de 2% do valor inicial e juros pela taxa Selic", informou o ministério.
        Em 2013, a companhia arrematou o aeroporto internacional do Rio de Janeiro por R$ 19 bilhões, um ágio de 294% sobre o valor mínimo, de R$ 4,8 bilhões, e se comprometeu a pagar uma parcela anual de R$ 900 milhões por ano em outorga ao governo. Liderada pela Odebrecht, em dificuldades financeiras em meio às investigações da Operação Lava Jato, a concessionária havia anunciado não ter condições de arcar com o valor e pediu para renegociar o cronograma de pagamentos. Também integram a empresa a asiática Changi e a Infraero.
         O ministério informou que a proposta não representa descumprimento de obrigações. Os serviços prestados no aeroporto Tom Jobim não serão afetados. O Fundo Nacional da Aviação Civil (FNAC) também não sofrerá prejuízo, frisou a pasta. Com a renegociação, a empresa fica livre de punições imediatas. Entre as penalidades a que estaria sujeita, está a abertura de processo de caducidade de concessão pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o que poderia levar à retomada do aeroporto pela União. O prazo para o pagamento vencia no dia 30 de dezembro. Agora, a empresa terá até 7 de maio, prazo de vencimento da garantia, para quitar a dívida.

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