quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Aeroporto de Guarulhos apresenta medidas que vão facilitar as operações no terminal aéreo

         A GruAirport, concessionária que administra o Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo (SP), há cinco anos, apresentou, nesta semana, para representantes da imprensa as atividades e perspectivas do maior aeroporto do Brasil. Para mostrar as facilidades instaladas e o sistema de segurança, assim como a interação entre as autoridades que operam no aeroporto, o Chefe de Segurança da Gru Airport, Carlos Schmidt, trouxe um quadro explicativo sobre as regras internacionais e sua forma de aplicação no Brasil.
           Falando sobre os motivos que levam o aeroporto a determinar novas rotas, e as formas de inclusão desses novos destinos na grade do aeroporto, estiveram a Gerente de Planejamento de Rotas da Latam, Gabriela Mundim, e o Diretor de Negócios Aéreos do Aeroporto de Guarulhos, João Pita.
         Já para apresentar as perspectivas do setor de cargas, o evento convidou o Diretor de Logística Aeroportuária da Kuehne Nagel, Angelo Dotto que explicou as operações da carga aérea, seus trâmites alfandegários, a estrutura para transporte internacional, doméstico e intermodal e, por fim, comparou o mercado de carga aérea com os demais negócios da atividade do aeroporto: “embora represente apenas 1% do volume transportado no mundo, a carga aérea representa nada menos do que 35% do valor das mercadorias que circulam comercialmente”, afirmou Dotto.
         Entre as perspectivas de futuro da carga aérea, o executivo trouxe informações de que, assim como os demais mercados, a receita da atividade tem passado por uma tendência de queda que já chega a 6% no ano de 2016, levada tanto pela retração do fluxo global quanto pelas baixas do preço de combustível. “No Brasil, em especial, o modal sofreu particularmente com a crise. Hoje, além de a capacidade cargueira ser muito maior do que a demanda, as empresas brasileiras estão com pouca ou nenhuma autonomia para designar suas cargas ao transporte aéreo por conta da crise”, ressaltou Angelo Dotto.
         Embora a queda das importações brasileiras também tenha sido um fator de grande impacto sobre as atividades de transporte aéreo, o fato de o Brasil trocar o seu perfil exportador nos últimos anos, focando mais em commodities, também foi um golpe duro para o modal aéreo, segundo o executivo, que apontou que, hoje, o volume de exportações da Kuehne Nagel é abundantemente composto de cargas perecíveis, enquanto os produtos manufaturados perderam espaço.
         Dotto lembrou também das mudanças de consumo pelas quais a indústria tem passado, como a introdução de produtos de menor volume e maior valor agregado no setor de eletrônicos (o “efeito iPhone), e os exemplos de empresas do varejo que têm assumido a sua própria logística, como a Amazon, Alibaba, Zara. “Precisamos saber lidar com essa nova tendência que coloca o cliente do operador logístico como nosso concorrente”, explicou Angelo Dotto.
         A implantação do Programa OEA também foi apresentada pela Kuehne Nagel, como opção de minimizar o impacto dos custos da operação e melhorar o processo de liberação de cargas. Não ficaram de fora temas como a longa greve da Receita Federal e a recente decisão da Anac de cobrança de taxas para as bagagens de passageiros.

Nenhum comentário:

Postar um comentário