Menos de um mês após os debates cruciais sobre o clima na COP26, especialistas da indústria naval e do setor de energia se reuniram para o debate "ICS Leadership Insights" organizado pela Câmara Internacional de Marítima (ICS), momento em que discutiram os compromissos e desafios que será necessário descarbonizar o transporte marítimo.
Guy Platten, secretário-geral do ICS e moderador do evento de 20 de outubro, abriu as discussões observando que o transporte marítimo não só reconheceu a urgência da descarbonização, mas também estabeleceu o "o quê" e o "como" em uma recente submissão ao chamado da IMO para metas climáticas mais ambiciosas para alcançar emissões líquidas de carbono zero até 2050.
Roland Roesch, diretor ddjunto do Centro de Inovação e Tecnologia da Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA), apresentou os dados do relatório IRENA "Um Caminho para Descarbonizar o Setor Naval até 2050", no qual se afirma que se o transporte Marítimo pode passar a usar 70% de combustíveis renováveis até 2050, isso reduzirá as emissões de CO2 em 80% (em comparação com os níveis de 2018).
Para atingir este objetivo, Roesch destacou que os combustíveis renováveis seriam responsáveis por 60% da via de descarbonização, 20% da melhoria na eficiência energética dos navios, 17% viriam de "mudanças na atividade setorial" e 3% do uso de avançados biocombustíveis.
Nenhum comentário:
Postar um comentário