quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Implantação dos TUPs é mais lenta do que o esperado, frustrando empresários e usuários

A regulamentação dos TUPs (Terminais de Uso Privado), permitindo que as empresas não precisem operar apenas cargas próprias, a partir da nova legislação dos portos, vem atraindo vários empresários que manifestaram interesse em construir ou explorar um terminal, possibilitando investimentos de mais de R$ 3 bilhões no setor. Mas a demora na documentação pode demorar mais de 200 dias, atrasando o desenvolvimento que era esperado com a nova lei. A partir de junho de 2013 foram encaminhados à Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários) 27 pedidos, dos quais apenas um foi publicado no Diário Oficial dentro do prazo previsto pela lei. O atraso dos outros pode chegar a 100 dias. O diretor-geral da autarquia, Mário Povia, disse que muitas vezes a culpa dos atrasos é dos empreendedores que não entregam a documentação necessária. “O prazo de dez dias é considerado a partir da documentação completa. Muitas vezes o empresário quer fazer um terminal, mas não manda nem sequer a planta”, justificou. A Camorim Serviços Marítimos protocolou um pedido para explorar um TUP no dia 10 de junho de 2014, mas a publicação do interesse só foi publicada no dia 7 de janeiro deste ano. O diretor da empresa, Claudio de Souza Brito, afirmou que a culpa também recai sobre a autarquia. “A Antaq exigiu mais documentação e, por conta da lentidão, outros documentos acabaram expirando. Para completar nós esquecemos de anexar o termo de responsabilidade técnica. Existiu atraso, mas acredito que a culpa dos dois [empresa e Antaq]”, esclareceu. Outra reclamação dos empresários é com relação aos processos posteriores à publicação no Diário Oficial. O presidente da ATP (Associação dos Terminais Portuários), Murilo Barbosa, contou que a aprovação do local dos empreendimentos é a mais lenta. Mário Povia lembrou que os atrasos são gerados pelo envio dos termos de referência necessários para o licenciamento ambiental.


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