As exportações do Brasil para a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP),
em 2014, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior (MDIC), foram de US$ 2,4 bilhões, dos quais 50,2% são produtos manufaturados, resultado bem aquém
da melhor marca, US$ 3,7 bilhões, obtida em 2008, mas que mantém a tendência de
recuperação dos últimos anos.
Entre as
demais nações que compõem a CPLP, Angola continua a ser o principal destino das
vendas brasileiras, com US$ 1,26 bilhão, seguida de Portugal, com US$ 1,06
bilhão. Depois, vêm Moçambique, com US$ 63 milhões, Guiné Equatorial, com US$
56 milhões, Cabo Verde, com US$ 21 milhões, Timor-Leste, com US$ 4,9 milhões,
Guiné Bissau, com US$ 2,5 milhões, e São Tomé e Príncipe, com US$ 671 mil.
Só estes
dados já justificariam a formação de uma área de livre comércio na CPLP, ideia
lançada em 2009, mas que, até agora, continua em fase de discussões. É de se
lembrar que a área geográfica da CPLP abrange mais de 250 milhões de pessoas,
nove regiões demográficas e negócios que chegam a US$ 13 bilhões, o que por si
só já justificaria a eliminação de barreiras econômicas e tarifas alfandegárias
e a adoção do livre trânsito entre os diferentes países que estão unidos pelo
mesmo idioma.
Além disso, dados do Banco Mundial divulgados neste começo de 2015
indicam previsões de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para todos os
membros da CPLP, com exceção da Guiné Equatorial, última nação a aderir à
comunidade, que deverá ficar em recessão até 2017. O Banco Mundial não diz, mas
essa previsão negativa para a Guiné Equatorial, provavelmente, está ligada à
queda do preço do petróleo, que faria parte de uma estratégia da Arábia Saudita
para eliminar os novos concorrentes na produção petrolífera. Foto: Maputo, Moçambique.
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