Um levantamento apresentado durante reunião do Conselho de Administração da Petrobras apontou para a necessidade de uma redução contábil de R$ 88 bilhões nos ativos da estatal, decorrentes de perdas provocadas por ações de corrupção investigadas pela Operação Lava-Jato da Polícia Federal. O número apareceu no balanço trimestral divulgado ontem, com dois meses de atraso, em virtude da empresa de auditoria responsável negar-se a assinar o balanço por discordar de determinados dados. O lucro líquido no período foi de R$ 3,087 bilhões, uma queda de 38% na comparação com os três meses anteriores. A presidente da petrolífera, Graça Foster, disse que a empresa enfrenta um momento único na sua história devido ao impacto das investigações. Ela destacou que os depoimentos aos quais a Petrobras teve acesso mostraram a ocorrência de atos ilícitos como cartelização de fornecedores e recebimentos de propinas por ex-empregados, indicando que pagamentos a tais fornecedores foram indevidos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário