quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

AEB prevê queda na participação brasileira no comércio global

A AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil) divulgou estudo informando que em 2014 a participação do país nas exportações mundiais caiu para 1,21%, marca igual à de 2008 e a expectativa para este ano é de ficar em 1,14%. Os dados levaram o presidente da Fiorde Logística Internacional, Milton Lourenço, a calcular que nesse ritmo, antes do final da década, essa porcentagem estará perto de 0,8%. “Essa é uma previsão, que assume ares de catástrofe, e faz-se porque as cotações mundiais de commodities, que até aqui vinham sustentando o superávit na corrente de comércio, estão em baixa, devendo registrar uma queda de 10,2% na receita de exportação, conforme previsão da AEB”. Segundo Lourenço, isso se dá porque há uma oferta em nível superior à demanda internacional de produtos como minério de ferro, soja e petróleo. No caso de petróleo bruto e óleos combustíveis, a queda deverá ser compensada pela elevação da quantidade exportada. “Mesmo assim, a previsão é que as commodities venham a apresentar uma redução de 10,2% na receita de exportação”, afirmou. O executivo destacou que os manufaturados vêm apresentando queda livre desde 2008, “o que é uma demonstração inequívoca do fracasso da política de comércio exterior adotada pelo País nos últimos 12 anos”. Embora a taxa cambial média prevista de R$ 2,75 possa proporcionar alguma competitividade a alguns segmentos, a perspectiva não é otimista, principalmente em razão da situação instável do principal mercado de destino, a Argentina, e de outros países sul-americanos.
Esses países enfrentam também problemas com a queda nas cotações de suas commodities e devem ter menor poder de compra. Nesse sentido, a Venezuela e a Rússia, passam por situação econômica difícil, o que poderá produzir efeitos negativos nas vendas de produtos manufaturados para esses mercados.

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