O Índice de
Confiança do Empresário Industrial gaúcho (ICEI-RS), pelo
décimo mês consecutivo, ficou abaixo de 50 pontos, mostrando que o setor
inicia o ano sem confiança, mesmo apresentando ligeira expansão na passagem de dezembro para janeiro, de 44,2 pontos. Os dados foram divulgados nesta
terça-feira pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul
(Fiergs). Elaborado mensalmente pela entidade, o levantamento varia numa
escala de 0 a 100 pontos. Valores acima de 50 pontos revelam otimismo
e, abaixo, pessimismo. O presidente da Fiergs,
Heitor Müller, disse que "o resultado reflete as condições de competividade
estruturalmente desfavoráveis, o baixo dinamismo econômico e o excesso
de estoques, além de incorporar perspectivas negativas quanto aos
ajustes requeridos para conter os desequilíbrios macroeconômicos". A
pequena melhora geral na confiança dos empresários resultou da visão menos
negativa para os próximos seis meses. O índice de expectativas com o
futuro cresceu de 48 pontos, em dezembro, para 48,5, em janeiro, apesar
de continuar indicando pessimismo. O resultado foi influenciado pela
análise do que o industrial espera da sua empresa, cuja pontuação subiu
0,7 ponto, somando 53,8. Nos desempenhos das economias brasileira
(37,3) e gaúcha (38,5 pontos), a percepção piorou. A proporção de
empresários céticos com a situação econômica do país chegou a 50,5%.
Apenas 9,9% estão confiantes. Os demais afirmaram que nada deverá mudar
nos próximos meses em relação às dificuldades existentes. O
índice de condições atuais caiu de 36,7 pontos em
dezembro para 35,9 em janeiro, indicando a piora do sentimento dos
empresários sobre a economia brasileira e a sua própria empresa. Para
80,6% dos entrevistados, houve uma degradação do cenário nacional nos
últimos seis meses (25,3 pontos). Nenhum deles apontou melhora. Nos
negócios empresariais, a percepção de adversidade permaneceu quase a
mesma (41,2 pontos).
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