segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Porto de São Francisco do Sul retoma exportação de celulose depois de 25 anos


         O Porto de São Francisco do Sul retomou as exportações de celulose, com o embarque da Eldorado Brasil, de Mato Grosso do Sul, uma das maiores produtoras de celulose do Brasil. A viabilização da movimentação pelo porto catarinense resultou do esforço conjunto do armador Gearbulk e da Seatrade – Serviços Portuários e Logísticos.
         O primeiro navio movimentou 5 mil toneladas destinadas a região do Golfo do México, nos Estados Unidos. A segunda saída está programada para o dia 8 de março e deverá levar outras 5 mil toneladas. Por último, outra embarcação partirá no dia 18 de março com mais 7 toneladas.
         Para que a operação se tornasse viável, foi necessário o uso de mão de obra avulsa. “Fizemos algumas adequações para tornar a operação viável, como a criação de uma tarifa especifica para a operação de celulose e a remuneração dos trabalhadores avulsos. Além disso, em dezembro, os trabalhadores foram até Santos para conhecer o produto e entender a maneira correta de operá-lo”, explicou Lierte Amorim Moreira, diretor da Seatrade.
         A incorporação de celulose na cartela de produtos que o porto movimenta anualmente, entre eles, granéis, madeira e bobinas de aço, irá movimentar a economia local e geração de empregos. “A mão de obra avulsa representa uma fatia significativa da operação portuária e, dessa forma, a operação irá afetar positivamente toda a cadeia produtiva do município”, destacou Moreira.
         Somente em 2015, o Brasil produziu cerca de 13 milhões de toneladas de celulose. A previsão é que em 2022, o número chegue a 22 milhões de toneladas por ano. “A Eldorado Brasil movimentava a sua carga exclusivamente pelo Porto de Santos, mas com o aumento da produção, foi necessário buscar uma nova alternativa para a evasão dessa mercadoria”, esclareceu o presidente do Porto de São Francisco do Sul, Paulo Corsi.
         Na sua avaliação, o momento é muito importante, uma alternativa para amenizar os impactos da crise econômica. “A celulose é um dos poucos produtos que, mesmo com a alta do dólar, se manteve competitivo no mercado, devido à alta demanda. Entrar nesta rota de exportação significa uma excelente oportunidade de desenvolvimento”, salientou.

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