segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Exportações de café se mantém estáveis mas receita diminui 7%

         As exportações brasileiras de café atingiram 36,5 milhões de sacas no ano passado, com destaque para o tipo arábica, que chegou a 17,9 milhões de sacas, apresentando o melhor desempenho dos últimos cinco anos. Os números foram fechados em janeiro  pela equipe de estatística do CeCafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil) e ficaram muito próximos dos 36,4 milhões de sacas vendidos em 2014.
          Apesar do volume de exportações tenr se mantido estável com ligeiro crescimento, devido à desvalorização cambial, a receita com as vendas externas sofreu queda de 7% se comparado a 2015, e de 30% na comparação com os valores praticados em 2011.
          Já as vendas do mês de janeiro ficaram em 2,7 milhões de sacas, 11,5% a menos do que o total de exportações do mesmo mês em 2015 (3,05 milhões de sacas), o que “já era esperado, pois as condições climáticas desfavoráveis interferiram na produção, afetando diretamente as exportações neste 2º semestre do ano-cafeeiro 2015/2016”, contou Nelson Carvalhaes, presidente do CeCafé. “A expectativa, contudo, é muito otimista. O Brasil já representa quase 40% do consumo mundial de café – seja para o mercado externo ou suprindo a demanda interna”, calculou.
          O CeCafé espera que, a partir do início do próximo ano-safra (em julho), a tendência seja de retomada intensa das exportações. “Temos estoques baixos no Brasil, pois tudo que é produzido é vendido. A demanda é crescente e, ao longo da próxima década, o país precisará produzir cerca de 12 milhões de sacas a mais, pois sabemos que, além do consumo estar em uma curva ascendente, nossa fatia de participação também dá sinais de crescimento, com a média anual de 2,4% do consumo global a mais só nos últimos quatro anos”, acrescentou Carvalhaes. Os principais compradores do Brasil foram Estados Unidos, Alemanha, Itália e Japão.

Nenhum comentário:

Postar um comentário