quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Maersk Line consolida equipe administrativa voltada para a Costa Leste da America do Sul


         A Maersk Line, com um novo time de executivos, unificou suas equipes administrativas no Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai em um novo cluster para a região. Com a mudança, clientes contarão com um único ponto focal para obter cotações nos quatro países. Um dos cinco maiores mercados de containers refrigerados do mundo, o Brasil será beneficiado pelo investimento em 30 mil novos equipamentos pela Maersk Line.
         As mudanças serão lideradas pelo panamenho Antonio Dominguez, que assume o posto de diretor superintendente do novo cluster. “Nosso desafio é cortar custos sem reduzir nossa capacidade e isso só é possível trazendo maior eficiência para os clientes”, afirmou.
         O executivo foi alçado à nova função depois de um bem-sucedido mandato como diretor superintendente para Argentina, Uruguai e Paraguai. Suas funções regionais prévias na América Latina incluíram o cargo de diretor comercial para Clientes-Chave e diretor de atendimento a Clientes. Dominguez substitui Peter Grangaard Gyde, atualmente o diretor executivo comercial para linha de navegação europeia Seago Line.
         Uma das medidas adotadas para lidar com as dificuldades relacionadas ao complexo ambiente econômico é a substituição de um dos serviços da Maersk Line pela compra de espaço em embarcações de outros armadores, o que permitirá que a maior empresa de navegação do mundo mantenha sua capacidade para clientes na região. “A capacidade permanece a mesma, de modo que os clientes continuarão a obter o mesmo serviço ao qual estavam acostumados. Traremos maior eficiência à nossa operação”, garantiu Dominguez.
         O colombiano Nestor Amador também integra o time de novos executivos, na função de novo diretor comercial, em substituição a Mario Veraldo, que é, atualmente, diretor superintendente para a Maersk Line no México. Para completar a equipe, o brasileiro João Momesso assumiu a função de diretor de trade e marketing, após passagem pela Mercosul Line.
          “Consolidamos duas equipes administrativas em apenas uma, voltada para a Costa Leste da América do Sul, e criamos uma nova equipe responsável pela manutenção dos containers refrigerados, que irá cuidar e manter os equipamentos”, explicou Amador, que foi gerente geral na Venezuela e gerente geral de vendas na Colômbia antes de assumir a nova função no Brasil.
         Momesso esclareceu que, após a consolidação, os clientes estarão aptos a obter cotações para todas as quatro nações por meio de um único ponto focal. “Seremos mais rápidos e responsivos. Ofereceremos cotações para todos os negócios de nossos clientes na região”, assegurou.

         A Maersk Line obteve um resultado de US$ 1,3 bilhão em 2015, número 44% menor do que o obtido em 2015 (US$ 2,3 bilhões) devido à fraca demanda global e às baixas tarifas praticadas pelo mercado. A receita foi de US$ 23,7 bilhões, 13% menor do que em 2014 (US$ 27,4 bilhões).
         O último ano foi caracterizado pela deterioração das condições de mercado, com declínio no preço do frete e crescimento perto de zero. A média das tarifas cobradas pela Maersk Line caiu 16% na comparação com 2014. No quarto trimestre, o decréscimo foi de 25% se comparado ao mesmo período do ano anterior.
          As taxas recuaram devido à baixa demanda, excesso de oferta e intensa competição comercial. A redução do frete impactou todos os mercados, com exceção da América do Norte. Na rota Ásia – Europa, as taxas chegaram ao nível mais baixo de todos os tempos.
         “2015 foi um ano desafiador. Entregamos um ótimo resultado no primeiro trimestre e ganhos sólidos na primeira metade do ano. Porém, a contínua desaceleração da demanda e a oferta excessiva impactaram na redução das tarifas do segundo trimestre em diante", analisou o CEO da Maersk Line, Soren Skou..
         "No final do ano passado as taxas alcançaram os piores índices e nosso quarto trimestre foi negativo. À luz de nossas expectativas no começo do ano, foi um resultado menor do que satisfatório. Mas considerando o cenário global em 2015, ainda é um resultado sólido”, finalizou o executivo.

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