quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Bolsas europeias operam em baixa nesta quarta-feira ante a queda nos preços das commodities

         As bolsas europeias operaram em queda na manhã desta quarta-feira (24), novamente diante da queda nas commodities, como o petróleo e o cobre. Com isso, as ações de mineradoras e petroleiras foram pressionadas, em um dia sem indicadores importantes no continente.
         O petróleo voltou a recuar, após a Arábia Saudita descartar um acordo para reduzir a produção da commodity e um dado de uma associação de refinarias dos EUA mostrar alta expressiva nos estoques de petróleo dos EUA na última semana. O American Petroleum Institute (API) informou que, em seu levantamento, houve alta de 7,1 milhões de barris nos estoques dos EUA na semana passada.
         Às 12h30min (de Brasília), o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) divulga o dado oficial de estoques semanais nos EUA e analistas preveem alta de 2,4 milhões de barris. Além disso, o representante do Iraque na Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), Faleh al-Amri, disse mais cedo que é preciso chegar a um acordo para reequilibrar o mercado, mas afirmou que seu país continuará elevando sua produção da commodity. Entre as petroleiras europeias, BP recua 2,40% em Londres.
         A queda no petróleo prejudica o apetite por risco, penalizando também o cobre. Os sinais de cautela com a economia da China também prejudicam a demanda pelo metal. Com isso, as mineradoras operam em queda: em Londres, Antofagasta opera em baixa de 4,59%, Glencore de 6,98% e Anglo American, de 6,78%.
         A cautela também prejudicava as ações do setor bancário, com Barclays em baixa de 2,02%, Lloyds recua 0,35% e Société Générale caía 1,12%. Na Alemanha, as ações do setor automotivo eram pressionadas pela cautela com a situação econômica. Volkswagen cai 5,02% e BMW recua 3,96%. A fabricante de aviões Airbus, por sua vez, recuava 2,58% na Bolsa de Paris, mesmo após divulgar balanço inicialmente bem recebido pelo mercado.
         Hoje, o presidente do Banco Central da Alemanha (Bundesbank), Jens Weidmann, mostrou reservas sobre a possibilidade de um relaxamento maior na política monetária para combater a inflação fraca na zona do euro. Segundo Weidmann, também membro do conselho do Banco Central Europeu (BCE) "seria perigoso simplesmente ignorar" os riscos de mais longo prazo e os efeitos colaterais de um relaxamento maior em uma política já bastante relaxada do BCE.
         Às 8h53min (de Brasília), a Bolsa de Londres caía 1,51%, Frankfurt recuava 2,50% e Paris tinha queda de 2,31%. No mercado cambial, o euro e a libra estavam pressionados, com o cenário de cautela. Além disso, pesa a possibilidade de que o Reino Unido deixe a União Europeia, o que levou a libra mais cedo à mínima em sete anos. O euro caía a US$ 1,0963 e a libra recuava a US$ 1,3894.

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