terça-feira, 8 de maio de 2018

Terminal de Nueva Palmira sofre queda nas operações de soja

       O ministro dos Transportes do Uruguai, Victor Rossi, justificou o ritmo mais lento nas obras de infraestrutura no país pela situação do mercado. "A atividade portuária não está vivendo um momento mais forte como em outras épocas, a produção de soja foi menor e não está utilizando todas as condições disponíveis no sistema portuário", explicou, durante visita ao terminal portuário de Nueva Pamira, a 292 km a noroeste da capital do país, Montevidéu, e que concentra os embarques da leguminosa.
         Rossi participou, juntamente com o diretor da ANP (Administração Nacional de Portos), Alberto Días, de um encontro sobre questões portuárias. Estavam presentes também diversas lideranças empresariais, especialmente do setor logístico, como o presidente do Centro de Navegação, Alejandro González.
       "Estamos enfrentando dificuldades que podem se agravar e nos preocupam, precisamos ser mais competitivos que nunca", advertiu Rossi. O comentário foi em alusão a políticas da Argentina para transformar os portos do Baixo Paraná e mesmo o de Buenos Aires, em captadores de carga de granéis.
       A preocupação faz mais sentido porque havia uma antiga resolução que impedia os transbordos de carga argentina em portos uruguaios e que foi cancelada pelo governo do presidente Maurício Macri, da Argentina. Até então, não se dragava o canal de acesso aos terminais do outro lado do rio da Prata, via canal Martín Garcia. "Vamos enfrentar mais esta situação, então, teremos que fortalecer nossos portos", disse Rossi.
       Segundo fontes governamentais, durante o primeiro quadrimestre deste ano, as receitas geradas pelas exportações de soja caíram 52% na comparação com igual período de 2017, no principal porto graneleiro do Uruguai. O ministro defendeu que autoridades e iniciativa privada mantenham os projetos de investimento no sistema portuário sob pena de ter perdas ainda mais expressivas em breve.
       Nueva Palmira faz parte do novo Plano Diretor da Atividade Portuária, que envolve todo o sistema portuário do Uruguai. "Estão sendo realizadas obras no porto para ganhar mais espaço,de melhoria na vias de acesso e reparação dos molhes e defensas na área pública. Além disso,  Nueva Palmira integra o conjunto de terminais privados operados pela TGU (Terminales Graneleras Uruguayas) e Corporación Navíos.
       Com relação especificamente a queda nas operações de grãos, Rossi disse que "a movimentação está sendo prejudicada também pelo câmbio na Argentina (de onde vem boa parte dos grãos escoados)." Acrescentou que "de qualquer forma, precisamos fazer nosso dever de casa, ou seja, qualificar mais o porto de Nueva Palmira, deixá-lo mais fortalecido.

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