quinta-feira, 8 de junho de 2017

ICS reafirma compromisso de reduzir níveis de emissões de CO2 até 2050

         A decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de retirar o seu país dos acordos de Paris sobre as alterações climáticas não afectará o compromisso do sector do transporte marítimo em reduzir as emissões de CO2, garantiu a International Chamber of Shipping (ICS), a principal associação internacional representativa do setor, no âmbito da Conferência dos Oceanos das Nações Unidas, que decorre em Nova Iorque até 9 de Junho. 
         Durante a conferência, numa sessão sobre a acidificação dos oceanos, a ICS apresentou os seus objetivos no quadro da redução das emissões de CO2 e que deseja ver adotados pela Organização Marítima Internacional (IMO, na sigla em inglês), do mesmo modo que o acordo de Paris assumiu compromissos semelhantes em nome das economias dos Estados subscritores.
        Segundo a ICS, que antecipou esta mensagem em comunicado, a IMO deve assumir “um objetivo de manter um total de emissões de CO2 abaixo dos níveis de 2008 e cortar o total anual de emissões de CO2 do setor até 2050 para um nível a ser acordado pela organização”. Isto sem prejuízo do compromisso que o setor já tem de reduzir as emissões de CO2 emitidas por tonelada de carga transportada por quilômetro para 50% até 2050 face a valores de 2008.
       Numa mensagem aos Estados, Simon Bennett, Diretor de Política da ICS, referiu que “o transporte marítimo, devido à sua dimensão, é responsável por cerca de 2,2% das emissões anuais antropogénicas de CO2; de acordo com a IMO, este sector reduziu as suas emissões de CO2 em mais de 13% entre 2008 e 2012, apesar do aumento do comércio marítimo, mas existe a percepção de que este sector, cujas emissões não podem ser individualmente atribuídas a cada nação, possam de alguma forma ter escapado ao acordo de Paris”.
         A par do seu compromisso em reduzir as emissões de CO2, o setor comprometeu-se em implementar até 2020 um limite de enxofre nos combustíveis marinhos, que deverá custar um custo coletivo de 88,8 mil milhões de euros anuais. A ICS quer ainda pressionar os reguladores estaduais a darem a mesma prioridade a cada um dos três pilares do desenvolvimento sustentável identificados pelas Nações Unidas: o econômico, o social e o ambiental

Nenhum comentário:

Postar um comentário