sexta-feira, 16 de junho de 2017

Criação de nova Federação de Portuários provoca polêmica em Santos

       O Presidente do Sindaport, Everandy Cirino, é também vice-presidente da Federação Nacional dos Portuários, presidida por Eduardo Guterra já há algumas gestões. Mas, já há muitos anos, tanto Estivadores de Santos como também, os sindicatos de avulsos tradicionais de Santos, não tem com as suas respectivas federações, Federação Nacional da Estiva e FENCCVIB, uma relação política muito próxima ou alinhada politicamente, havendo discordâncias mútuas de muitos anos.
     Com relação específica, a F.N.P de Guterra, algumas divergências se acentuaram, principalmente, quando os Sindicatos Portuários, que representavam na sua maioria empregados de Cias. Docas passaram a ter maioria absoluta de representados avulsos, vinculados ao OGMO.
      Nos últimos meses, cresceram as reclamações dos Sindicatos Portuários, principalmente dos avulsos, que os presidentes das Federações, se reuniam em Brasília com autoridades do Governo Federal da área portuária, sem a presença dos dirigentes dos Sindicatos.
      Até mesmo reunião em Brasília com a presença de Sérgio Aquino, que tem posicionamentos sempre divergentes dos Sindicatos de Santos, a referida reunião não pode ter a presença dos dirigentes dos Sindicatos Portuários de Santos.
      Os sete Sindicatos Portuários de Santos, com exceção do Sindicato dos Vigias, aceitaram participar de uma reunião conjunta, sobre o assunto criação de nova Federação Nacional de Portuários.
         Especificamente para o presidente do Sindaport, durante a noite, houve uma tentativa de fazer contato via telefone que não aconteceu. Foi feito contato com o vice presidente do Sindicato, que colocou a disposição as dependências do Sindaport para a referida reunião, fato posteriormente comunicado para o presidente Cirino.
         No entanto, no meio do caminho, houve uma mudança de estratégia, transformando o que seria uma reunião conjunta preparatória dos Sindicatos, para uma Assembleia Geral conjunta com todas as categorias portuárias.
       Antes do inicio da Assembleia, uma reunião entre os presidentes, Ney da Estiva, Miro do Sintraport e Cirino do Sindaport, ficou decidida uma proposta conjunta, que o encaminhamento para a assembleia seria de uma “pedra fundamental de lançamento” e um protocolo de intenções.
        Sendo a seguir, as propostas levadas para cada Sindicato, para serem debatidas junto as diretorias e assembleias gerais de cada sindicato, para as deliberações de cada categoria especificamente, ficando claro, que a assembleia realizada nesta data, não dava como consumado ainda o fato para o Sindaport.
        Na opinião do presidente do Sindaport, Everandy Cirino, antes da criação de uma nova Federação Nacional, entendia ser possível discutir primeiro, a fusão entre as três federações hoje já existentes.
        A maioria dos demais dirigentes não concordou com esta ideia do presidente Cirino, pois entendem eles, que os atuais dirigentes das três federações não iriam abrir mão dos seus respectivos cargos, e também, na década de 50, já houve uma federação única unificada que já deixava a desejar e os resultados não foram positivos.
       Portanto, diante do esclarecimento dos fatos, totalmente inverídica a informação, de que o Sindaport já estaria filiado a esta nova Federação Nacional de Portuários.
        No entanto, fatalmente, pelo que vem acontecendo, ainda que, sem a presença formal do Sindaport, pois entende Cirino, que a sua categoria em assembleia poderá rejeitar a entrada em outra nova federação, ela deverá sim, vir a ser criada.
     Mesmo que, também não façam a adesão aqui em Santos, os sindicatos dos Conferentes, dos Consertadores, dos Vigias, dos Arrumadores, esta nova Federação Nacional deve se tornar uma realidade.
      E, se isto de fato acontecer, Cirino entende que, a F.N.P. Federação Nacional dos Portuários, presidida por Eduardo Guterra, deveria voltar às origens de sua fundação, representando apenas os Portuários empregados das Cias. Docas. 
       Finalizando, o presidente do Sindaport, Everandy Cirino, afirma que, recebeu um documento assinado pelas três Federações, chamado de “Manifesto Aprovado na Plenária de Recife, realizada no dia 10 de junho de 2017”, com o qual não concorda.
       Antes de formalizar o citado documento, que certamente acirrará ainda mais os ânimos, deveriam as três federações, ponderar sobre a reclamação de Sindicatos Portuários de Santos, a não realização de uma Plenária Nacional Conjunta das três Federações a ser realizada aqui em Santos, propiciando a abertura de novos debates.

Nenhum comentário:

Postar um comentário