segunda-feira, 12 de junho de 2017

Complexo santista lidera operações de contêineres na América Latina

         O Porto de Santos, apesar da pior crise econômica da história do Brasil e com uma movimentação de cargas 5,1% menor, manteve a liderança na movimentação de contêineres na América Latina e no Caribe no ano passado. Os dados foram revelados pelo levantamento sobre esse tipo de operação portuária no subcontinente realizado pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) e divulgado no início da semana, em Santiago, no Chile.
         A Cepal – unidade da Organização das Nações Unidas (ONU) criada para incentivar a cooperação econômica entre os países da América Latina e o Caribe – organiza essa pesquisa desde 1999, a partir de dados coletados com autoridades portuárias e terminais. Segundo o levantamento, Santos operou 3.393.593 teus no último ano, ficando em primeiro. Foi a mesma colocação obtida em 2015, quando movimentou 3.645.448 teus.
         Os dados registrados pela Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp, a Autoridade Portuária santista) ainda apontaram resultados maiores, com 3,56 milhões de teus em 2016 e 3,77 milhões de teus no exercício anterior. Em seguida, na relação da Cepal, estão os complexos panamenhos de Colón (3,25 milhões de teus) e Balboa (2,98 milhões de teus). Considerando os 20 maiores portos, o Brasil também está representado por Navegantes (o terminal privado Portonave, em Santa Catarina), que ficou em 16º , com 895.375 teus, e Paranaguá (Paraná), em 20o, com 725.041 teus.
         No geral, o movimento de contêineres na América Latina e no Caribe caiu 0,9% no ano passado, chegando a 47,5 milhões de teus. Santos também registrou queda, consequência da crise econômica que afetou o comércio exterior brasileiro. Pelos números da Cepal, ela foi de 7%. Os dados da Codesp apontam uma redução de 5,72%. Essa diminuição, segundo a unidade da ONU, mostra “a contínua desaceleração do comércio exterior na região”, movimento capitaneado por Brasil (com queda de 4,4% na atividade portuária) e Panamá (-9,1%).

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