segunda-feira, 2 de setembro de 2019

Especialista italiano diz que nova Lei de Portos do chile servirá de modelo para toda América Latina


          Uma agenda intensa de atividades, concentrada nas regiões de Biobio e Valparaíso (foto), marcou a visita do presidente da Rete (Asociación para Colaboración entre Ciudades y Puertos), o arquiteto italiano Rinio Bruttomesso, ao Chile, encerrada neste sábado, 31. O ponto alto foi sua participação no seminário Fortalecimento de Governanças da Sociedade Civil participantes em Conselhos de Coordenação Cidade-Porto, realizado em Valparaíso, onde falou sobre a proposta da Rete para fomentar modelos avanços de governança nas cidades e comunidades portuárias.
          No seu roteiro chileno, o expert italiano também esteve na província de Conepción, no Sul do país, onde conversou com representantes da região sobre a Lei de Portos em discussão no Congresso chileno. Disse que a proposta é estratégica para os portos latino-americanos como um todo e das perspectivas de trabalho da Rete na América Latina.
        Segundo Bruttomesso, as mudanças na Lei dos Portos ainda estão pendentes em relação a avanços. “A discussão desta lei é um momento muito importante para os portos do Chile e a relação entre portos e cidades. Espero que no final, se possa conquistar uma boa legislação, porque todo mundo portuário chileno é fundamental para o futuro do país, e poderá ser um bom exemplo para outros países do continente, que enfrentam problemas semelhantes”, disse.
        O presidente da Rete advertiu que “a nova Lei deverá levar em conta este aspecto porque os portos chilenos podem se tornar mais competitivos a partir dela e favorecer o desenvolvimento e integração com o território e cidade onde se localizam, com as cidades e as regiões”. Segundo ele, “somente desta forma um país pode seguir adiante de modo equilibrado, sem que uma das partes envolvidas no processo se desenvolva mais (os terminais) e outras menos (as cidades)”.
       O arquiteto italiano ressalvou que, a partir do ponto de vista portuário, “os países latino-americanos, mesmo sendo muito distintos, tem identificações grandes e com uma legislação mais uniforme em todo o continente podem ter protagonismo mais significativo em um futuro próximo”. Ele destacou que o continente é uma ponte entre Oriente e Ocidente. “Seus portos tanto no Atlântico como  no Pacífico são importantes para o comércio mundial e neste sentido o Chile tem grande responsabilidade”, observou.
          A Associação liderada por Bruttomesso tem sua base em Nápoles, Itália, e há quatro anos vem desenvolvendo projetos para que expandam de forma positiva e equilibrada as estruturas portuárias em conjunto com as comunidades que integram. O trabalho da entidade chega ao Pacífico agora depois de ter iniciado pelos portos do Atlântico. “Temos representantes atuando junto a comunidade de Santos, no Brasil e estamos começando a atuar em Buenos Aires, Argentina. Agora, a Rete Latinoamérica chega para colaborar com a sociedade chilena, estabelecendo intercâmbios e informações que aproximem países distintos”, concluiu.       
              

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