quinta-feira, 5 de setembro de 2019

CMA CGM quer vender terminais para reduzir sua pesada dívida


          A pesada dívida que arrasta a CMA CGM obrigou a armadora francesa a buscar um comprador para seus ativos de terminais que concentram 100% de sua total propriedade, a CMAT (CMA Terminals). O ex-CEO da APL, Lars Kastrup, foi designado para dirigir a venda, de acordo com o último boletim da Alphaliner.
          A CMAT tem participação em 32 terminais em todo o mundo e adminitrou volumes superiores a 8,50 Mteus em 2018. A venda destas unidades se seguiria a de 2013, de 49% das ações do Terminal Link à china Merchants, por US$ 528 milhões. O Terminal Link atualmente operar 13 terminais e manejou 1,8 Mteus no ano passado.
          Além disso, a CMA CGM, em dezembro de 2017, vendeu 90% da participação no Los Angeles Terminals, gestionada pela APL. A instalação foi transformada na Global Gateway South , conhecida como Fenix Marine à EQT Infrastructure, por US$ 875 milhões.
          A companhia francesa pode ter dificuldades para se desfazer de alguns terminais menos estratégicos, por falta de interessados. Os ativos estratégicos do portfólio da CMAT correspondem a 49% da participação da CMA CGM – PSA Lion Terminal em Singapura, com uma fatia de 30% do Terminal Rotterdam World Gatewat, e 100% de paricipação em Kingston Freeport Terminal.
          A China Merhant tem sido citada como a primeira a mostrar interesse em comprar os terminais da CMAT, o que permitiria ampliar ainda mais sua presença global. O grupo já mantém estreitos vínculos com a armadora francesa, já que, além da sua participação no Terminal Link, a China Merchant Bank financiou uma operação de sale-leaseback de US 648 milhões para oito navios de 9.300 a 10 800 teus em 2016.
          Entretanto, continuam os resultados negativos na Ceva Logistics, que registrou uma perda de US$ 32 milhões no segundo trimestre, o que gerou uma pressão sobre o rendimento da CMA CGM. O mesmo ocorre com os pagamentos de interesses de mais de US$ 300 milhões de uma dívida total da armadora de US$ 19 bilhões, vencida em março deste ano, que pesou nos resultados do segundo trimestre.


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