terça-feira, 24 de setembro de 2019

Cúpula de Ação Climática anuncia que grandes empresas formam aliança para ter navios de emissão zero


          A Cúpula de Ação Climática da ONU, reunida nesta segunda-feira, 23, em Nova Iorque, anunciou que uma nova aliança de 50 líderes nos setores marítimo, de energia, infraestrutura e financeiro, pretende alcançar a ambição climática do setor de transporte marítimo. A promessa foi feita diante dos chefes de estado e de governo presentes ao evento.
          O objetivo revelado da Coalizão Getting to Zero (Chegar ao Zero) é ter navios de emissão zero comercialmente viáveis operando ao longo de rotas comerciais de alto mar até 2030, levando, por sua vez, à descarbonização completa desse modal de transporte. Isso significa basicamente que todos os países banhados pelo mar agora têm um incentivo financeiro adicional para criar capacidade de energia renovável para vender para esse mercado global.
          Atualmente, o setor responde por 5% da demanda global de petróleo, segundo a Agência Internacional de Energia, mais que toda a Índia, que é um dos dez maiores emissores de gases de efeito estufa do planeta. O transporte marítimo internacional é responsável por cerca de 90% do comércio global e responde por 2-3% das emissões globais de gases de efeito estufa anualmente. No entanto, se as atuais tecnologias forem mantidas, projeta-se que as emissões cresçam entre 50% e 250% até 2050. Daí a meta da Coalizão de desenvolver embarcações comercialmente viáveis de emissão zero.
          Os signatários de todo o mundo incluem a Maersk, maior companhia marítima do mundo, Ocean Network Express (uma integração das três maiores companhias marítimas do Japão), The China Navigation Company, Roterdã - o maior porto da Europa, Kuehne + Nagel, maior transitário do mundo, ativo em mais de 100 países; o American Bureau of Shipping e muitos bancos, incluindo o Citi.
          A Coalizão Chegar ao Zero espera que a conquista desse objetivo seja um catalisador para uma transição energética mais ampla, levando a um aumento no fornecimento de combustíveis viáveis ??de emissão zero. Esse pode ser um ponto importante de alavancagem para mudanças em outros setores onde a redução de emissões é mais difícil e inspirá-los a acelerar o processo de descarbonização.
          A Dinamarca endossou esta iniciativa liderada pelo setor privado no âmbito da transição para a energia e, em 19 de setembro de 2019, também recebeu o endosso dos seguintes países: Bélgica, Chile, Palau, Marrocos, Coréia do Sul, Irlanda,Reino Unido, Nova Zelândia e Suécia.

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