A Cúpula
de Ação Climática da ONU, reunida nesta segunda-feira, 23, em Nova Iorque,
anunciou que uma nova aliança de 50 líderes nos setores marítimo, de energia,
infraestrutura e financeiro, pretende alcançar a ambição climática do setor de
transporte marítimo. A promessa foi feita diante dos chefes de estado e de
governo presentes ao evento.
O objetivo revelado da Coalizão Getting to
Zero (Chegar ao Zero) é ter navios de emissão zero comercialmente viáveis
operando ao longo de rotas comerciais de alto mar até 2030, levando, por sua
vez, à descarbonização completa desse modal de transporte. Isso significa
basicamente que todos os países banhados pelo mar agora têm um incentivo
financeiro adicional para criar capacidade de energia renovável para vender
para esse mercado global.
Atualmente, o setor responde por 5%
da demanda global de petróleo, segundo a Agência Internacional de Energia, mais
que toda a Índia, que é um dos dez maiores emissores de gases de efeito estufa
do planeta. O transporte marítimo internacional é responsável por cerca de 90%
do comércio global e responde por 2-3% das emissões globais de gases de efeito
estufa anualmente. No entanto, se as atuais tecnologias forem mantidas,
projeta-se que as emissões cresçam entre 50% e 250% até 2050. Daí a meta da
Coalizão de desenvolver embarcações comercialmente viáveis de emissão zero.
Os signatários de todo o mundo
incluem a Maersk, maior companhia marítima do mundo, Ocean Network Express (uma
integração das três maiores companhias marítimas do Japão), The China
Navigation Company, Roterdã - o maior porto da Europa, Kuehne + Nagel, maior
transitário do mundo, ativo em mais de 100 países; o American Bureau of
Shipping e muitos bancos, incluindo o Citi.
A Coalizão Chegar ao Zero espera que
a conquista desse objetivo seja um catalisador para uma transição energética
mais ampla, levando a um aumento no fornecimento de combustíveis viáveis ??de
emissão zero. Esse pode ser um ponto importante de alavancagem para mudanças em
outros setores onde a redução de emissões é mais difícil e inspirá-los a
acelerar o processo de descarbonização.
A Dinamarca endossou esta iniciativa
liderada pelo setor privado no âmbito da transição para a energia e, em 19 de
setembro de 2019, também recebeu o endosso dos seguintes países: Bélgica, Chile,
Palau, Marrocos, Coréia do Sul, Irlanda,Reino Unido, Nova Zelândia e Suécia.
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