O ministro da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, recebeu os estudos para o projeto de concessão da hidrovia Brasil/Uruguai, na Lagoa Mirim, que banha os dois países. Segundo ele, o projeto é o primeiro transporte fluvial qualificado no Programa de Associações de Investimento e garantirão a segurança do trânsito de navios e do escoamento de cargas pela região sul do continente sul-americano. O ministro recebeu o projeto do embaixador uruguaio, Guilherme Valles.
"Brasil e Uruguai têm uma grande história. São mais do que países irmãos. Compartilhamos mais de mil quilômetros de fronteira e mantemos um expressivo comércio bilateral de cerca de US$ 3.000 milhões por ano. Laços históricos, econômicos e culturais nos unem. queremos é que essa hidrovia funcione e que a região de fronteira, especialmente o sudeste do Rio Grande do Sul e o nordeste do Uruguai, prospere", disse o ministro Marcelo Sampaio.
O projeto, cujo custo está estimado em US$ 6,3 milhões, permitirá que navios uruguaios acessem o porto de Rio Grande (Río Grande do Sul) através da conexão fluvial entre a lagoa Mirim e a lagoa Patos. A dragagem e sinalização serão efetuadas através do canal de São Gonçalo, que liga as duas lagoas, no troço entre o Canal do Sangradouro (Extremo Norte) e o Canal de Acesso ao Porto de Santa Vitória do Palmar (Extremo Sul).
O governo federal revisará os estudos e, se necessário, os complementará com o apoio do CAF (Banco de Desenvolvimento da América Latina). Após a análise dos estudos, será aberta uma consulta pública para receber contribuições da sociedade e, em seguida, os estudos serão encaminhados para análise prévia do Tribunal de Contas da União (TCU). Se aprovado, o documento será encaminhado à agência nacional de transporte aquaviário Antaq (Agência Nacional de Transporte Aquaviário) para elaboração e publicação do edital de concessão e, por fim, agendamento da licitação.
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