terça-feira, 5 de abril de 2022

Chineses temem mais o recrudescimento da Covidi-19 do que perda na sua atividade exportadora

A pandemia da COVID-19 liderou novamente a interrupção da cadeia de suprimentos da China para os EUA na semana passada. No entanto, o fato não deve surpreender considerando a política Zero-COVID imposta pelo país asiático. Mas o que deve chamar a atenção, segundo o analista do setor marítimo, portuário e logístico Jon Monroe, é a intensidade dessa rodada de quarentenas em Xangai.

“Durante muitos meses eu disse que a China teme mais a COVID do que a perda da atividade de exportação”, reafirma Monroe. Acompanhando a situação na China, ele destaca que a quarentena em Pudong (lado leste e mais novo de Xangai), que terminaria em 1º de abril, foi estendida por tempo indeterminado; enquanto na mesma data começou a quarentena na outra margem do rio Huangpu, em Puxi, (lado oeste da cidade).

Segundo o analista, algumas comunidades na China estão fechadas há até 26 dias. A questão é como isso afetará o transporte da China para os EUA? Apesar da situação complexa, os portos chineses estão abertos e funcionando. Contudo, ele sugere que os carregadores devem considerar que quase todas as comunidades em Xangai estão fechadas. Isso inclui as casas onde vivem operários e caminhoneiros.

Agora, se de alguma forma evitarem o fechamento, exigem um código verde no celular para atravessar os bairros da cidade e, além disso, devem ter testado negativo para COVID nas últimas 48 horas. "Esta cidade está praticamente fechada e ficará por mais 7 dias. Neste momento, os portos são apenas estacionamentos para instalações não vigiadas", esclarece Monroe.

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário