A China colocou os 17,5 milhões de moradores da cidade portuária de Shenzhen (foto) em um bloqueio que durará até 20 de março, de acordo com um aviso do governo da cidade. A medida, que ocorreu depois que os casos do vírus dobraram em todo o país para quase 3.400, estende as restrições anteriormente impostas ao distrito comercial central da cidade.
Isso se soma às quarentenas organizadas em Zhejiang, Xangai, Jilin, Suzhou, Guangzhou, Pequim, que para xChange indica que a cadeia de suprimentos terá que se preparar para uma nova turbulência nos próximos meses que impedirá a movimentação de contêineres como os importadores de todo o mundo estão se preparando para a próxima alta temporada no final deste ano.
No porto de Ningbo, os preços médios de um contêiner High Cube de 40 pés caíram cerca de 10%, de US$ 5.930 em 14 de fevereiro para US$ 5.329 em 27 de fevereiro. Em 10 de março, eles estavam em US$ 5.248. Da mesma forma, os preços médios caíram entre 10 e 15% nos portos de Xangai, Qingdao e Shenzhen até 11 de março. Shenzhen testemunhou uma queda de 8% nas últimas duas semanas.
No entanto, as quarentenas claramente obrigatórias restringirão bastante o movimento de contêineres nos portos chineses e prejudicarão a cadeia de suprimentos global. “Os preços dos contêineres em máximas históricas, contêineres se acumulando e escassez massiva também são resultado de muitas outras interrupções nos últimos dois anos desde o início da pandemia”, disse Johannes Schlingmeier, cofundador e CEO da Container xChange.
O especialista acrescentou que os bloqueios na China reduzirão ainda mais a capacidade e causarão um aumento nas taxas de envio já infladas. As ondas de choque serão sentidas em toda a União Europeia, nos EUA e em quase todas as partes do mundo."
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