Cerca de 13 terminais privados localizados na margem direita do rio Paraná estão financiando trabalhos de dragagem no passo Loro Cuarto, no rio Paraná. O objetivo é permitir o acesso a embarcações que não conseguiram cruzar as travessias por cerca de 60 dias devido ao downspout extremo, relatou o site especiliazado Paraguai Fluvial.
A informação foi relatada pelo engenheiro Lucas Krivenchuk, gerente geral da Trociuk Puertos: “Estamos passando pelo terceiro ano consecutivo de downstream, mas este ano é mais acentuado pelos níveis críticos do rio que estão afetando bastante os embarques fluviais de clientes que temos no terminal e embarques de outros portos ”, disse.
Sobre as dragagens que estão sendo realizadas por iniciativa privada, indicou que desde 2019 a Associação dos Portos do Rio Paraná atua como organismo dentro da Câmara Paraguaia de Terminais Portuários (Caterpa), o que graças ao trabalho conjunto da a Comissão Mista do Rio Paraná (Comip), a Prefeitura, as Hidrovias Interior da Argentina e outras instituições, foram realizadas as primeiras dragagens para manutenção dos canais de navegação.
“Assim, surgiu a ideia de nos aventurarmos justamente na ajuda que hoje estamos a fazer na dragagem das etapas mais complicadas, nomeadamente no desfiladeiro de Loro Cuarto. A referida dragagem compreende duas etapas: uma, a retirada do solo duro e outra , a extração de solo duro. Hoje ultrapassamos os 20.000 metros cúbicos de extração do desfiladeiro de Loro Cuarto e continuaremos até deixar o desfiladeiro em boas condições ”, relatou Krivenchuk.
“Achamos que resolvendo esta etapa - Parrot Quarto, que é uma das etapas mais complicadas para a travessia de barcos - e ajustando as demais, poderemos reiniciar a navegação nesta passagem de rio”, refletiu o engenheiro. Quanto ao financiamento da obra, disse que “o financiamento é 100% capital privado, vem de todos os portos da margem direita (...) dos 13 portos atingidos”.
Por fim, em relação à nova licitação de US $ 6,4 milhões, para as obras no rio Paraná, disse que “estamos muito felizes com essa licitação, é um projeto muito ambicioso porque não é só dragagem, mas também sinalização , entre outros. Se isso for feito em tempo hábil, esse problema que vivemos ficará resolvido em alguns anos ”, concluiu Krivenchuk.
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