sexta-feira, 14 de maio de 2021

Exportações globais de café atingem 11,94 milhões de sacas em março, uma expansão de 2,4%


As exportações de café atingiram globalmente 11,94 milhões de sacas de 60kg, em março deste ano, número que representou um aumento de 2,4%, comparado com as 11,66 milhões de sacas exportadas em igual mês de 2020.

E, se for expandido o período de análise das exportações globais para o total acumulado no período de outubro de 2020 a março de 2021, as exportações também registraram aumento, de 3,5%. Foram de 63,2 milhões de sacas para 65,4 milhões de sacas, em comparação com o mesmo período do ano-cafeeiro anterior.

No período em análise, de outubro de 2020 a março de 2021, o aumento das exportações globais se deu pela venda de cafés verdes, que tiveram um incremento de 4,3%, ao registrarem 59,32 milhões de sacas. Em contrapartida, as exportações de café solúvel e café torrado registraram queda de 3,4% e 4%, em comparação com o mesmo período anterior, ao totalizarem 5,72 milhões e 336,17 mil sacas, respectivamente.

Neste mesmo contexto, cabe ressaltar que os números e dados  estatísticos em análise das exportações da cafeicultura global foram obtidos do Relatório sobre o mercado de Café – abril 2021, da Organização Internacional do Café – OIC, que representa a cafeicultura mundial- o Brasil é país-membro.

A OIC congrega países produtores e consumidores de café, bem como administra o Acordo Internacional do Café. O Relatório também está disponível na íntegra no Observatório do Café, do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café. O ano-cafeeiro para a OIC compreende o período de outubro a setembro.

Conforme o Relatório da OIC, o desempenho das exportações dos blocos regionais durante os primeiros seis meses do atual ano-cafeeiro (outubro de 2020 a setembro de 2021), comparado com o mesmo período  anterior, demonstra que as vendas de café da África caíram 8,9%, ao atingirem 5,96 milhões de sacas, e que o volume das exportações de café da Etiópia, Costa do Marfim e Quênia também caíram, respectivamente, 28,5%, 49% e 9,5%.

No caso da Ásia e Oceania, outras importantes regiões produtoras de café, as exportações registraram queda de 6,3%, ao atingirem 19,3 milhões de sacas. As exportações de café do Vietnã, segundo maior produtor mundial e maior produtor da região, caíram 13,2%, com 12,58 milhões de sacas vendidas aos importadores.

Quanto às exportações do México e América Central, também houve registro de queda, de 12,2%, ao somarem 6,06 milhões de sacas. Em Honduras, maior produtor da região, a baixa foi de 20,9%, com 2,19 milhões de sacas, nos primeiros seis meses do atual ano-cafeeiro da OIC, comparado com o mesmo período do ano-cafeeiro anterior.

A América do Sul foi o único bloco regional a apresentar aumento nas exportações de café nos primeiros seis meses do ano-cafeeiro 2020-2021, atingindo 33,74 milhões de sacas, 17% mais que o desempenho anterior. Neste mesmo bloco, as exportações da Colômbia cresceram 3,5%, com 7,09 milhões de sacas, o Equador se manteve estável, com 1,75 milhão de sacas. Os Cafés do Brasil, maior produtor e exportador do mundo, apresentaram aumento de 23,3% ao atingirem 24,66 milhões de sacas, no citado período.

No caso do Brasil, o desempenho positivo das exportações, conforme o Relatório sobre o Mercado de Café – abril 2021, pode ser atribuído principalmente ao fato de o País ter tido sua produção um ano de bienalidade positiva do café arábica, espécie que tem como característica alternar produção maior em um ano-safra, com outra menor na safra seguinte.

 

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