A Câmara de Comércio Árabe Brasileira (CCAB) divulgou estudo confirmando a expectativa de alta nos embarques da soja brasileira para os países árabes. Segundo a entidade, parte deste potencial de mercado acontece devido à utilização do grão na produção de ração animal, uma vez que os países da região vêm avançando na produção de proteína animal, destacando-se a criação de bovinos na Arábia Saudita, Catar, Omã e Tunísia.
As exportações para o Oriente Médio, no primeiro trimestre deste ano, resultaram em US$ 157 milhões em receitas, sendo a Arábia Saudita e Irã os países que mais importaram. O avanço da vacinação contra a Covid-19 nos países árabes representou um fator de alavancagem às exportações do Brasil para a região, na medida em que a redução no número de casos viabiliza o fortalecimento da atividade econômica.
Omar Chahine, gerente de Relações Internacionais da Cdial Halal, disse que para que a expansão do mercado seja possível, as indústrias e produtores brasileiros precisam se adaptar às exigências da jurisprudência islâmica, ou seja, os produtos precisam ter a certificação halal. “Além de ser reconhecido mundialmente como selo que atesta Boas Práticas de Fabricação, segurança e de qualidade, a certificação halal tem sido solicitada, inclusive, por países que não são árabes e nem muçulmanos, como o Japão, China e Canadá”, explicou.
A exportação de soja bateu novo recorde no mês de abril – foram vendidas 17,3 milhões de toneladas da oleaginosa, correspondendo a 27,1% do total das exportações brasileiras do mês, conforme dados da Secretaria do Comércio Exterior (Secex). Comparado ao mesmo mês do ano passado, o aumento das vendas foi de 17%.
E as previsões continuam otimistas. De acordo com os últimos levantamentos do Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) a previsão é fechar o ano com 85,6 milhões toneladas de soja exportadas, batendo o recorde do ano de 2018 quando foram embarcadas 83,2 milhões de toneladas.
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