sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Trabalhadores do Porto de São Sebastião paralisam por 24 horas por falta de acordo com a Companhia Docas

         Os trabalhadores portuários cruzaram os braços na quarta-feira (9), por 24 horas, por falta de acordo entre a Cia Docas, empresa responsável pela administração do Porto de São Sebastião, que não ofereceu nada de aumento aos trabalhadores. O Sindicato dos Trabalhadores Administrativos em Capatazia, nos Terminais Privativos e Retroportuários e na Administração em Geral dos Serviços Portuários do Estado De São Paulo (Sindaport), calculou uma queda de 50% na movimentação. Na próxima segunda-feira a Justiça do Trabalho vai julgar o dissídio da categoria.
         Dados do sindicato apontaram que dos cerca de 120 funcionários pelo menos 80% cruzaram os braços entre quarta-feira e quinta-feira. O vice-presidente da entidade sindical, João de Almeida Marques, disse que apenas os funcionários que trabalham em áreas de emergência cumpriram escala. “Só foram permitidas a entrada de caminhões carregados de gado a chamada carga viva, para não prejudicar os animais que seriam embarcados”, explicou.
        Ainda de acordo com ele, pelo menos 100 caminhões programados para retirar chapas de aço que já estão na área do Porto não entraram, o que  teria provocado uma queda de mais de 50% na movimentação diária. 
         A categoria reivindica reposição do Índice Nacional de Preço ao Consumidor (INPC), de 3,99% e a correção salarial de 5%. “A empresa não ofereceu nada e isso motivralisação de 24 horas”, justificou Marques. 
        No final da tarde de quinta-feira, o desembargador do Tribunal Regional do Trabalho, Carlos Roberto Husek, agendou para a próxima segunda-feira, às 14h30, em São Paulo, a audiência de instrução e conciliação da categoria para julgamento do dissídio relativo à data base de 1/5/2017. Com isso, as atividades retornaram ao normal nesta sexta-feira.
       Em nota, a Companhia Docas de São Sebastião informou que respeita o direito de manifestação dos funcionários pela questão salarial.  “A CDSS  ressalta que todas as operações portuárias foram mantidas e asseguradas. Na quarta-feira, ocorreu o transporte de 12 mil cabeças de gado para Turquia e na quinta-feira, o transporte de sulfato, além da retirada de chapas de aço", garantiu o comunicado.
 

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