quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Relatório da consultora Drewry aponta para recuperação dos fretes nos granéis sólidos


          O mais recente relatório da consultora Drewry apontou que a recuperação dos preços dos fretes nos graneis sólidos deverá continuar em virtude da estabilidade do crescimento da procura e da respectiva frota
O novo estudo veio, igualmente, na sequência do anúncio de adiamento por dois anos da instalação dos novos sistemas de gestão de águas de balastro (BWMS), alterando assim também a prospectiva de diminuição da respectiva frota por eventual, ou inevitável, desmantelamento de muitos dos respectivos navios.
         Mas, apesar do agora inevitável crescimento da frota, devido às encomendas já realizadas mesmo com o adiamento de desmantelamento de muitas outras unidades, a opinião da Drewry é de que a procura está crescendo em um ritmo superior. E entende que isso ficará ainda mais evidente em 2019 e 2020, quando as novas regras da IMO sobre os sistemas de gestão das águas de balastro entrarem em vigor.
         Ainda de acordo com o relatório da Drewry, a procura deverá aumentar a uma taxa na casa próxima dos 3% ao longo dos próximos 5 anos enquanto, no mesmo período, o aumento da frota não deverá ultrapassar uma taxa de crescimento superior a 1%, quer em resultado, num primeiro momento, do fraco caderno de encomendas existente, quer, num segundo momento, como referido, aos inevitáveis desmantelamentos que não deixarão de ocorrer a partir de 2019 por razões de regulamentação ambiental.
        Para além disso, entre os principais fatores a condicionarem a evolução do mercado dos graneis sólidos, o relatório aponta o ressurgimento da Índia como um importante exportador de mineral de ferro, principalmente para a China, tendo passado dos 4 milhões de toneladas em 2015 para 20 milhões em 2016 e esperando-se que este ano atinja já mesmo os 30 milhões.
       Um aumento de exportações que a Drewry prevê irá beneficiar principalmente os Panamax e Supramax, bem como, marginalmente, também os Capesize. Isso devido, em grande parte, às próprias limitações atualmente ainda existentes em muitos portos indianos para receberem este tipo de navios.

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