quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Maersk registra prejuízos globais de US$ 264 milhões no 2º trimestre

         O Grupo Maersk registrou prejuízos globais de US$ 264 milhões no 2º trimeste do ano. O resultado frustrou as expectativas do mercado que previa lucros de US$ 507 milhões no período. Mas, apesar dos números negativos, Soren Skou, diretor executivo da Maersk, mostrou otimismo em relação ao futuro, sobretudo em relação ao transporte de contêineres. É que há uma nítida recuperação do mercado refletida na corporação dinamarquesa, por causa da recuperação do valor dos fretes, que subiram 22% na comparação com o mesmo período de 2016 e 7,6% em relação ao 1º trimestre de 2017.
         Independentemente dos prejuízos entre os US$ 200 e os US$ 300 milhões, igualmente previstos como consequência do ataque informático sofrido recentemente e que conduziu a uma disrupção operacional na Maersk Line ao longo de duas semanas, os resultados foram francamente animadores, atingindo um lucro de US$ 339 milhões quando, no mesmo período de 2016 o prejuízos haviam sido de US$ 151 milhões, bem como um ROIC (Retorno Sobre o Capital Investido)  positivo, na ordem dos 6,7%, quando em 2016 fora, naturalmente, negativo, na casa dos -3,0%.
         No polo oposto, os piores resultados respeitaram à operação da Maersk Tankers que apresentou prejuízos na casa dos US$ 483 milhões, contra um lucro de 28 milhões em 2016, devido sobretudo, segundo o Comunicado da própria Maersk, às imparidades de US$ 464 milhões verificadas na queda da avaliação dos ativos, bem como, em termos operacionais, pela igual contínua queda no preço dos fretes que terão baixado, em média global, na casa dos 27%.
         Resultados pouco positivos foram também os obtidos pela APM Terminals, apresentando um prejuízo na casa dos US$ 10 milhões quando, no mesmo período do ano anterior haviam alcançado lucros na ordem dos 12 milhões, devido tanto a mais apertados desafios comerciais como também, embora em menor extensão, a perdas cambiais.
        Já no que respeita à Svitzer e à Damco, os resultados foram igualmente positivos, apresentando a primeira lucros de US$ 19 milhões, com um ROIC de 5,8%, e ficando a segunda numa situação de equilíbrio, com um ROIC de 1%.

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