domingo, 27 de agosto de 2017

Construtora naval sul-coreana tem 5 mil funcionários inativos por falta de encomendas

         A construtora naval sul-coreana Hyundai Heavy Industries (HHI) enfrenta um cenário de 5 mil trabalhadores inativos por falta de encomendas. Por isto, está solicitando a essa força de trabalho que aceite licenças sem vencimento a partir de Setembro, informou o jornal Korea Times.
        Segundo o jornal, a empresa inclusive pediu apoio aos sindicatos no sentido de convencerem esses trabalhadores, que representam cerca de 30% dos 17 mil trabalhadores da HHI, a aceitarem a proposta. A alegação da indústria é de que isto ajudará a reduzir os custos e a manter a empresa em atividade num quadro econômico adverso.
         Se não alcançar o seu objetivo, dado que a medida requer a concordância dos trabalhadores, a empresa pondera suspender algumas linhas de produção e submeter os trabalhadores a programas de formação. A advertência é revelada pelo mesmo jornal. Citando fonte da HHI, o jornal refere que a partir de Setembro, os trabalhadores excedentes ficarão sem trabalho e que se seguirá um diálogo com os sindicatos para debater a duração e as condições dessa situação.
         De acordo com a mesma fonte, esta foi a solução encontrada pela empresa face à recusa dos trabalhadores em aceitarem uma redução de 20% no seu vencimento base. E não fica afastada a hipótese de solicitar licenças sem vencimento a mais trabalhadores em 2018 se se mantiver a dificuldade em conquistar novas encomendas. Um quadro provável, até porque a falta de trabalho deverá manter-se até Junho do próximo ano, dado que a empresa não garantiu encomendas suficientes nos últimos dois anos, refere o jornal.
          Segundo o jornal, desde Junho o catálogo de encomendas da HHI se situa em 85 pedidos, menos 25 em relação ao mesmo período do ano anterior. No primeiro semestre deste ano, a empresa só terá assegurado 17 novas encomendas e desde Novembro de 2014 que não tem encomendas para nenhuma instalação offshore.
         O Korea Times recorda que este mês, ao contrário do que esperava, a HHI não conquistou a encomenda estimada em 1,18 mil milhões de euros para construir porta-contêineres destinados à CMA CGM. A armadora francesa optou pelas empresas chinesas Hudong Zhounghua Shipbuilding e Shanghai Waigaoqiao Shipbuilding devido a uma proposta de preço mais baixa (135,7 milhões de euros por navio, contra 148,4 milhões de euros da empresa sul-coreana).

Nenhum comentário:

Postar um comentário