quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Acordo pioneiro deverá reduzir acidentes com cargas perigosas no Porto de Santos

         O número de sinistros de grandes proporções com cargas perigosas no Porto de Santos deverá cair substancialmente, a depender do acordo firmado no Porto de Santos, no último 21/08. É que o termo de cooperação técnica, assinado pela Associação Brasileira da Indústria Química (ABIQUIM), Associação Brasileira de Terminais e Recintos Alfandegados (ABTRA), a empresa Suatrans e a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), consiste em inserir as informações do Manual de Atendimento a Emergências com Produtos Perigosos, da Abiquim, no Banco de Dados de Produtos Perigosos, criado pelo Grupo de Trabalho de Prevenção de Sinistro (GTPS) no Porto de Santos e locado na Janela única Portuária (JUP/ABTRA).
         Esse banco de dados, criado há sete meses pelo GTPS sob a coordenação da Antaq, replica as informações sobre a localização exata das cargas perigosas nos terminais, de modo que, na iminência de um incidente, os técnicos da Unidade de Segurança do Porto podem acessá-las imediatamente e informar o Corpo de Bombeiros.
         Agora, com as novas informações, do aplicativo Pró-Química On-line, desenvolvido pela Suatrans para o manual da Abiquim, “os agentes de combate aos sinistros terão também a ficha técnica completa do produto sinistrado”, explica o presidente-executivo da Abiquim, Fernando Figueiredo. “Isso vai agilizar a tomada de decisão sobre a forma de combater o sinistro, evitando que tome proporções maiores”.
         O diretor-presidente da Codesp, Alex Oliva, acrescenta que os dados identificados imediatamente pela Autoridade Portuária serão transmitidos aos agentes envolvidos no combate ao incidente em até cinco minutos, contra até oito horas exigidas anteriormente.
         “A medida vai garantir muito maior segurança aos trabalhadores portuários e também aos cidadãos da Baixada Santista”, acrescenta o presidente da ABTRA, Bayard Umbuzeiro Filho. Ele ressalta que o projeto é pioneiro no Brasil e ganha ainda maior importância por ocorrer justamente no maior complexo portuário do País.
         O deputado João Paulo Papa prometeu tratar a questão em audiência pública na Câmara, visando a estendê-la aos demais portos brasileiros.

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