“O setor de transformados plásticos sofreu
forte revés em 2014. Houve recuo na produção de 2,7% em comparação com 2013,
uma das maiores quedas em 15 anos”. A afirmação foi feita por José Ricardo
Roriz Coelho, presidente da Associação Brasileira da Indústria do Plástico
(Abiplast), ao anunciar a prévia de resultados do ano e
as projeções para 2015. “O agravante é que o revés se estende a toda a
indústria de transformação. O desempenho do nosso setor reflete a generalizada
falta de competitividade do Brasil”, afirmou o presidente da entidade. Números não faltam para endossar as
palavras de Roriz: enquanto os países emergentes tiveram crescimento na
produção industrial de 4,2% e os demais em torno de 3,5%, o Brasil registrou
amargos -2,1%, no acumulado de setembro de 2013 a setembro de 2014. A elevação das taxas de juros, a
economia estagnada e o receio do consumidor em ir às compras foram apontados
pelo empresário como agravantes desse quadro: “Todos os prognósticos apontam
para um 2015 de dificuldades, e o fato é que, até o momento, não vimos nenhuma
ação concreta ser anunciada para diminuir os custos brasileiros de produção nos
próximos meses”, explicou. Na análise do presidente da
Abiplast, “um dos reflexos nefastos dessa situação é que, com essa
conjuntura, o setor de transformados plásticos, um dos maiores
empregadores da indústria de transformação, volta aos níveis de emprego
de 2012, perdendo todas as vagas geradas em 2013".
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