quarta-feira, 31 de dezembro de 2014
Estaleiros instalados no Rio Grande do Sul enfrentam futuro incerto
A decisão da Petrobras de suspender 23 empresas de participar de novas licitações por estarem envolvidas em escândalos de corrupção investigados pela Operação Lava-jato da polícia Federal pode respingar com força nos estaleiros instalados no Rio Grande do Sul. Quatro deles operam nas cidades de Rio Grande e São José do Norte e têm contratos com a estatal. A posição da petrolífera aumentou o clima de incerteza em relação ao futuro dessas unidades que já vêm enfrentando problemas para saldar seus compromissos, especialmente com os trabalhadores. Mesmo que a direção da companhia tenha anunciado que as encomendas atuais estão preservadas, exceto às da Iesa Óleo e Gás, cujo contrato foi rescindido, a medida coloca em dúvida a manutenção dos estaleiros controlados pela Engevix e pela Queiroz Galvão e do que tem a Setal como sócia. "O futuro é preocupante, a indústria naval interagiu com a comunidade da região e muitas empresas investiram por causa do polo", afirmou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Metalúrgicas de Rio Grande e São José do Norte, Benito Gonçalves. Os projetos em risco são a construção da plataforma P-74 pelo EBR, sete cascos e três navios-sonda pelo Estaleiro Rio Grande e três contratos do Estaleiro Honório Bicaho, agora operado pela QGI, sucessoa da Quip e controlada pela Queiroz Galvão.
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