segunda-feira, 29 de dezembro de 2014
Grupo Bolognesi quer conquistar projeto do gasoduto Rio Grande/Triunfo
O Grupo Bolognesi está tentando obter no Ministério de Minas e Energia
(MME) um segundo projeto para leilão já a partir do ano que vem, referente ao gasoduto Rio Grande-Triunfo, que ligará o futuro terminal de
regaseficação (que converte gás natural liquefeito em gás natural) do
porto de Rio Grande ao polo petroquímico de Triunfo (RS). A autorização é buscada enquanto o governo prepara a licitação este ano do projeto Itaboraí-Guapimirim, que será o primeiro gasoduto sob o regime de concessão do Brasil. O projeto, de 311 quilômetros de extensão e
capacidade para transportar 8 milhões de metros cúbicos diários de gás
natural já havia sido proposto pela empresa ao governo no ano passado,
mas foi vetado pelo MME por falta de fontes seguras de gás. Para o
vice-presidente do Grupo Bolognesi, Paulo Cesar Rutzen, contudo, a
negociação no leilão A-5 de novembro da termelétrica a gás Rio Grande
(1.238 MW), atrelada à construção do terminal de regaseificação de Rio
Grande, muda o cenário. "O gasoduto só não foi acatado no ano
passado porque a termelétrica ainda não tinha sido negociada. Agora
estamos propondo ao Ministério que faça uma audiência pública para
lançar o edital da licitação ainda no primeiro semestre do ano que vem",
disse Rutzen. A expectativa, segundo ele, é que o projeto seja
incluído na segunda edição do Plano de Expansão da Malha de Transporte
Dutoviário (Pemat), elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
Segundo o executivo, a ideia da empresa é dar entrada no licenciamento
do projeto, para agilizar a licitação. A primeira edição do
Pemat, lançado este ano, indicou a construção de apenas um projeto, o
Itaboraí-Guapimirim, de apenas 11 quilômetros de extensão e que visa
escoar o gás das futuras unidades de processamento de gás natural do
Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) até o gasoduto Gasduc
3, que conecta o polo de produção de Cabiúnas, em Macaé, até a refinaria
Reduc, em Duque de Caxias. A licitação do gasoduto foi recomendada pelo
Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) para o primeiro
trimestre de 2015. O terminal de Rio Grande será instalado, a
princípio, pela Excelerate Energy, com quem o Grupo Bolognesi tem um
pré-acordo para afretamento do navio regaseificador e construção da
planta de regás, que terá capacidade para fornecer 14 milhões de m3 ao
dia de gás natural. A expectativa é que uma capacidade de 6 milhões de
m3 /dia seja reservada para abastecer a usina termelétrica e os demais 8
milhões de m3 ao dia sejam disponibilizados para o mercado. Os
investimentos da Excelerate são bem vistos pelas distribuidoras de gás,
sobretudo as do Sul. A região é abastecida, atualmente, exclusivamente
pelo gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol), que começa a dar sinais de
saturação e já não consegue sustentar o crescimento do mercado local de
gás, segundo estudos do Grupo de Economia da Energia, da Universidade
Federal do Rio de Janeiro (GEE/UFRJ).
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