Os terminais que operam no Porto de Paranaguá, no Paraná, esperam embarcar 6.762.816 toneladas de granéis sólidos exportados nos três primeiros meses do ano. Em média, por mês, a previsão é enviar 2.254.272 toneladas de soja (grão e farelo), açúcar, milho e trigo, de janeiro a março.
O volume previsto é 35% superior às 4.991.434 toneladas movimentadas no primeiro trimestre do ano passado. A previsão de alta deve ser impulsionada, principalmente, pelo volume de soja previsto para este primeiro trimestre do ano.
“Se as condições climáticas permitirem e os contratos forem fechados, temos tudo para que as operadoras atinjam o objetivo planejado”, disse o diretor-geral da Portos do Paraná, Luiz Fernando García. "A estrutura, a equipe e a experiência estão prontas para receber a nova safra, tanto no porto quanto nos terminais."
De soja, as empresas pretendem enviar 4.560.915 toneladas pelo Porto de Paranaguá no primeiro trimestre. De farelo de soja, são esperadas 1.404.901 toneladas. "Especificamente em relação à soja, o que observamos é que o movimento não parou. Em dezembro, muita soja foi exportada por aqui. E nestes primeiros 15 dias de janeiro continua no mesmo ritmo", diz García.
Enquanto em dezembro de 2020 o volume de soja exportado foi de 30.428 toneladas, no último mês de dezembro (2021) atingiu 650.238 toneladas. Em janeiro de 2021, havia 30.000 toneladas do produto. Este mês, até o dia 18, já haviam sido embarcadas 381.211 toneladas.
Segundo especialistas, a soja que está sendo embarcada agora ainda é da safra passada, que os produtores estavam retendo enquanto esperavam o melhor momento (e preço) para vender.
"Para regular o preço, com a esperança de melhorar, o produtor acaba ficando segurado. Mas, neste momento, quando ele precisa abrir espaço para receber a nova safra, ele precisa vender", explica o diretor do Corredor Portuário Associação dos Exportadores de Paranaguá (Atexp), André Maragliano.
Com os contratos fechados e os bons preços no mercado, os volumes de soja que chegam ao porto são maiores. "Outubro a novembro começou o aumento desse volume inesperado. Não tivemos a 'baixa temporada'", diz ele.
Apesar do déficit projetado para a nova safra de soja, devido à estiagem que os agricultores estão enfrentando, os volumes projetados devem aumentar, principalmente a partir de fevereiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário