terça-feira, 14 de dezembro de 2021

Porto de Paranaguá começa o processo de licitação da ampliação do acesso ferroviário do Molhe Leste


O Porto de Paranaguá começou a preparar sua estrutura para absorver o frete ferroviário que o projeto Nuevo Ferroeste implicará. O governador do Paraná, Carlos Massa, fez o edital de licitação do empreendimento Molhe Leste, também denominado Moegão, que receberá investimento de US$ 500 milhões. O lançamento ocorreu durante a cerimônia de inauguração do novo terminal portuário da Coamo.

O edital foi publicado hoje, segunda-feira, 13 de dezembro, no Diário Oficial do Estado, e uma vez concluídas todas as etapas do processo licitatório, as obras serão iniciadas, com prazo de entrega de 180 dias.

O governador disse que a construção do Moegão vai trazer mais eficiência logística e melhorar a competitividade do estado. “É a maior obra de infraestrutura do Paraná, que além de melhorar a mobilidade no porto de Paranaguá, vai aumentar a capacidade com um aumento significativo de cargas e descargas de trens”, afirmou.

O projeto prevê a adaptação do acesso, a redistribuição das pistas interiores e a colocação de balanças e moegas (para armazenamento de grãos). A descarga ferroviária será centralizada em uma tremonha exclusiva, mas os acessos aos terminais da parte leste do porto também serão reestruturados, otimizando a capacidade de recebimento de cargas por rodovia.

Com uma área de 595 mil metros quadrados, as três linhas que compõem o projeto terão capacidade para carregar até 2.000 toneladas de grãos e farelo por hora. Eles serão interligados com os 11 terminais do Corredor Leste de Exportação.

Isso aumentará os atuais 550 vagões descarregados diariamente no Corredor Leste para cerca de 900 por dia, quase 300 em cada uma das três linhas. Atualmente, 14,9% da carga chega ao porto por via ferroviária, mas a previsão é igualar essa logística, com 50% dos embarques por trem e a outra metade por caminhão.

“Hoje temos uma limitação no recebimento de cargas por ferrovia, não por falta de demanda, mas porque não temos capacidade para receber mais”, explicou o presidente dos Portos do Paraná, Luiz Fernando García. “Temos uma limitação de expansão geográfica, então com esse projeto vamos centralizar a descarga de 11 terminais em um único ponto, proporcionando mais eficiência logística”, disse.

 

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