Há cinco anos, durante a 70ª sessão do Comitê de Proteção ao Meio Marinho (MEPC 70) da Organização Marítima Internacional (IMO), foram apresentadas as contribuições do Canal do Panamá para a redução das emissões do setor marítimo internacional. Da rota interoceânica apontam que desde então seus esforços se multiplicaram por dez para responder à urgência das mudanças climáticas e, neste mês, ampliaram seu ímpeto, a partir da defesa da descarbonização do transporte marítimo na Conferência das Nações Unidas sobre o Mudanças Climáticas (COP26) até a apresentação de um novo sistema de classificação de emissões de gases de efeito estufa com o objetivo de reforçar o posicionamento da hidrovia como corredor ecológico para o comércio mundial.
O administrador do Canal do Panamá, Ricaurte Vásquez, anunciou que o Canal dará mais um passo em seus esforços, reconhecendo a urgência da mudança climática e a necessidade de acelerar a ação industrial e climática global. Durante seu discurso na AAPA Latino em Cartagena, Colômbia, em 30 de novembro, o Administrador Vásquez anunciou o sistema de Classificação Verde para os navios do Canal do Panamá, que incluirá uma taxa de emissões de gases de efeito estufa (GEE).
Essas mudanças terão como base os incentivos existentes do Canal para companhias marítimas sustentáveis, fornecidos por meio de seu Programa de Reconhecimento Ambiental Green Connection, que evoluiu a partir do Green Connection Award, da Environmental Premium Rating e da Calculadora de Emissões.
Com a aplicação dessa taxa, o Canal reconhece o impacto ambiental do transporte marítimo, assim como dos integrantes do setor, que estão abrindo caminho para minimizar as emissões. Dessa forma, o imposto visa apoiar investimentos que garantam padrões de desempenho ambiental e ajudem a tornar as operações do Canal neutras em termos de emissões de carbono.
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