sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Companhias globais de navegação mostram sólida recuperação no primeiro semestre

         A principais companhias de navegação mostraram sólidos sinais de recuperação na primeira metade de 2017. De acordo com relatório da consultoria Drewry, os avanços foram impulsionados fundamentalmente pela melhora nas condições dos mercado e a diminuição do número de competidores que possibilitou uma maior estabilidade e renovação nas tarifas. 
         No ano passado, a maioria das transportadoras de contêineres enfrentavam muitas dívidas, enquanto as receitas se reduziam e não cobriam os custos. Um exemplo, das consequências imediatas daquele contexto, foi a queda da sul-coreana Hanjin Shipping.
         Agora, o cenário mudou com diversos avanços verificados nos últimos meses, que coincidem com o momento em que as fusões e consolidações - iniciadas antes do mercado tocar no fundo do poço, conseguir um maior impulso. as armadoras estão finalmente recuperando sua força e esperando uma potencial era dourada de rentabilidade.
        Durante os seis primeiros meses deste ano, os resultados de 16 das maiores companhias de navegação que colocaram seus dados a disposição para verificação (exceção foi a francesa CMA CGM), mostraram que as receitas foram incrementadas em cerca de 18% na comparação com igual período do exercício anterior.
        A rápida rotação permitiu que as margens operacionais captadas mostrassem recuperação de -4,8% em setembro de 2016 para 2,4% em setembro de 2017. Segundo a Drewry, essa margem final será ainda maior quando saírem os resultados da CMA CGM.
       A consultoria, no entanto, recomendou certa cautela, já que se trata de incluir somente resultados operacionais em serviços de contêineres, sempre que seja possível, já que em alguns casos os resultados incluem cifras de outras unidades de negócio.
         Preliminarmente, a Drewry estimou que as margens operacionais que esta indústria já marcou, indicam que o segundo trimestre de 2017 será o mais rentável dos últimos anos, com margens que alcançarão cerca de 4% de avanço.
       A tendência da curva é inegável e mantém a indústria da navegação em condições de cumprir as estimativas projetadas, obtendo lucros operacionais gerais de US$ 5 milhões este ano. Com isso, estará recuperando os prejuízos registrados nos anos anteriores. Quando estiverem disponíveis todos os dados financeiros, uma completa previsão dos lucros deverá constar do próximo informe da Drewry Container Forecaster, cujo lançamento está programado para início de outubro.
.      As razões do drástico giro foi resumida pela consultoria em três fatores: redução do grupo de competidores, maior balanço da oferta e da demanda, e, mais relevante, o fato de as armadoras, em geral, utilizarem este novo poder de fixação de preços com resultados positivos.
       Os informes mais recentes das armadoras que apresentaram resultados financeiros e volumes movimentados adequados para a comparação (previu a incorporação de qualquer aquisição ou fusão) demonstraram que, em geral, que foi conseguido aumentar os lucros pelo incremento do mercado. As empresas que registraram maiores avanços foram Maersk Line, OOCL, K Line e Zim.
        A notável exceção foi a sul-coreane Hyundai Merchant Marine (HMM), que teve que oferecer grandes descontos em suas tarifas de frete para recuperar volumes perdidos quando a companhia se encontrava em uma situação financeira mais perigosa. A empresa aumentou seus volumes em 46%  no segundo trimestre de 2017, mais as receitas se reduziram em 6% no mesmo período contábil.           

Nenhum comentário:

Postar um comentário