Um xeque dos Emirados Árabes Unidos, cuja identidade não foi revelada, comprou novilhas de 17 raças diferentes, sendo nove de corte e oito de leite. Parte deste plantel saiu de propriedades localizadas no Rio Grande do Sul. Uma delas foi a Cabanha Ibirocai, de Alegrete, que negociou cinco fêmeas da raça Shorthorn, incluindo a grande campeã e a reserva de grande campeã da Expointer (feira de agropecuária, em Esteio, região metropolitana de Porto Alegre) deste ano.
"É uma operação inédita essa venda de genética. Ele (o empresário árabe) vai experimentar para ver que raças melhor se adaptam lá", explicou o proprietário da Ibirocai, Thales Medeiros Ferreira da Costa. Essa é justamente a ideia. O xeque decidiu implementar um projeto e escolheu a genética de raças desenvolvidas no Brasil para testar - o gado será todo criado em confinamento.
Outro criador gaúcho que participou do negócio foi o pecuarista Fernando Cavalcanti, da Cabanha São Fernando, de Quaraí. A venda abrangeu nove novilhas de dois anos e uma vaca da raça hereford com cria ao pé.
A operação foi intermediada pela Agro Betel Live Export, companhia de São Paulo, sedada em Ibitinga. Os fornecedores gaúchos comercializaram gado de mais qualidade. Os especialistas, no entanto, avaliaram que as raças com maiores chances de adaptação ao ambiente dos EAU são as zebuínas e as sintéticas. Muito mais do que o calor, a umidade prejudica as raças europeias, explicam eles.
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