sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Três empresas do setor de combustível anunciam ampliação em Suape

         A Fábrica da Aché não será o único empreendimento a movimentar Suape nos próximos meses. Segundo o Complexo Industrial e Portuário, três empresas do setor de combustíveis vão ampliar suas capacidades de armazenamento. São investimentos que somam mais de R$ 450 milhões e devem gerar mais de 700 empregos durante as obras.
         O presidente de Suape, Marcos Baptista, revelou que a ampliação faz parte dos planos da Pandenor, do Terminal Químico de Aratu (Tequimar) e sobretudo da Decal. Só esta última deve investir R$ 300 milhões. "A capacidade de tancagem da Decal é de 156 mil metros cúbicos (m3), mas vai passar para 436 mil m3", explicou Baptista, contando que esta obra deve começar ainda neste ano, em dezembro, gerando mais 200 empregos.
         A Pandenor, inclusive, já deu início à ampliação. Aplicou R$ 70 milhões para dobrar a sua capacidade de tancagem, chegando a 120 mil m3 em julho de 2018. Já o Tequimar entrou em contato com a Secretaria Nacional dos Portos ontem para solicitar a expansão. A ideia é construir quatro novos tanques, ampliando a capacidade de armazenamento de 160 mil m3 para 200 mil m3.
         O pedido do Tequimar já foi autorizado por Suape. Por isso, a expectativa é que a resposta do Governo Federal saia ainda neste ano. "A previsão é iniciar a obra em janeiro de 2018 e concluir no segundo semestre de 2019", informou Baptista. Ainda segundo Suape, o projeto deve atrair mais R$ 84 milhões de investimentos, além de 300 empregos de construção civil, para Pernambuco.
         Apesar de serem positivas pela geração de empregos e investimentos, as novas obras de Suape    evidenciam o déficit nacional de combustível refinado. É que, com as obras da Refinaria Abreu e Lima ainda pela metade, os tanques construídos em Suape vão receber combustível importado.
"Há uma demanda grande do mercado nacional por combustíveis refinados. Mas, por conta do déficit nacional dw refino, as importações estão crescendo. E o que vem de fora tem necessidade de descarregar em algum lugar. Então, fica nos tanques até ser distribuído", explicou Baptista, concluindo que o Brasil precisa ampliar sua capacidade de refino. "Precisamos lutar pela conclusão do segundo trem da Refinaria", frisou.
         Procurada, a Petrobras disse que ainda busca parcerias para dar andamento a essa obra. Por enquanto, a companhia trabalha na conclusão da Unidade de Abatimento de Emissões (Snox), que deve permitir a operação integral do trem 1 de refino da Refinaria de Abreu e Lima. A expectativa é de que a obra seja concluída em junho de 2018.

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