A licitação da área PAR14 do Porto de Paranaguá será realizada no dia 30 de abril e estão previstos investimentos de mais de US$ 260 milhões. Os espaços, que fazem parte da estrutura de movimentação de granéis sólidos, serão licitados pela Portos do Paraná na Bolsa de Valores do Brasil (B3), em São Paulo.
“Entramos definitivamente na reta final de regularização de áreas no Porto de Paranaguá. Mais do que isso, as licitações dotarão a Portos do Paraná de plena capacidade operacional, com investimentos significativos que serão concluídos em poucos anos, conforme previsto em cada contrato", afirmou o diretor-geral da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.
A modernização da área deverá aumentar a movimentação de 170.000 para 323.000 toneladas de granéis vegetais sólidos no PAR14, e de 115.000 para 191.000 toneladas no PAR15. O PAR14 tem uma área de 82.436 m² e o contrato garante o direito de exploração por 35 anos.
Inicialmente, a concessão deve gerar pelo menos US$ 170 milhões em investimentos e aportes financeiros. A empresa que ganhar a área terá sete anos para implementar melhorias. Uma delas é a parceria para a construção do novo “Muelle T”, que contará com sistema de coleta de pó, torre de transferência, elevador de caçambas e balança de fluxo. Algumas ações devem ser realizadas em menor espaço de tempo, como a interligação com o Moegão.
A concessionária terá que fornecer duas linhas de transporte com capacidade nominal de 2.000 toneladas/hora quando o Moegão estiver concluído. Da mesma forma, quem comprar o PAR15 terá que se interligar ao Moegão assim que a estrutura ferroviária estiver concluída, o que deve acontecer no fim de 2025.
O prazo dos investimentos totais previstos no contrato de arrendamento é menor: cinco anos. O PAR15 tem uma área de 43.279 m² e o período de exploração também será de 35 anos. Entre investimentos e aportes financeiros, o PAR15 deve atrair US$ 104 milhões.
A concessionária será responsável por melhorar o sistema de recebimento rodoviário para movimentar pelo menos 2,2 milhões de toneladas por ano, incluindo a instalação de quatro novas balanças e dois novos caminhões basculantes até o quinto ano do contrato. Ele também trabalhará na implementação do novo “Muelle T” e nas estruturas para sua operação.
Os investimentos incluem o início da construção do Píer T do Corredor de Exportação Leste, que movimenta grãos vegetais e farelo de soja. Outro processo em andamento é a concessão do Canal de Acesso da Hidrovia ao Porto de Paranaguá, que já foi submetido ao TCU. Após análise da Justiça, o Paraná se tornará o primeiro estado brasileiro a implementar um modelo desse tipo. A concessão cobrirá a expansão, manutenção e operação do Canal de Acesso Hidroviário por um período de 25 anos, com possibilidade de extensão por até 70 anos.
As principais melhorias previstas no projeto incluem o aprofundamento, alargamento e ampliação do canal, bem como a expansão da bacia de evolução e o aprofundamento da área onde os navios atracam enquanto aguardam para atracar. Com isso, a profundidade média deverá chegar a 15,5 metros após a concessão, o que permitirá a atracação de embarcações maiores.
A futura concessionária será responsável por todos os investimentos necessários para atingir esse objetivo, incluindo dragagem, escavação, sinalização náutica, batimetria, programas ambientais e monitoramento, entre outros. O investimento previsto é de US$ 185 milhões.
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