O diretor-presidente do Sindicato da Indústria de Adubos e Corretivos
Agrícolas do Paraná (Sindiadubos), José Carlos de Godoi, afirmou que os Portos do Paraná tornaram-se sinônimo de
eficiência. Durante o Simpósio do Sindiadubos 2016, realizado em
Curitiba, Godoi afirmou que o trabalho conjunto entre o Sindicato e a
Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) tem resultado em
ganhos de produtividade para o setor.
“Os investimentos e mudanças operacionais implementadas pela Appa
resultaram em uma maior agilidade na descarga de fertilizantes e, com
isso, a multa sobre estadia para os importadores pelo descumprimento dos
prazos de contrato, o demurrage, caiu 50% nos últimos cinco anos”,
declarou Godoi. Os dados integram um estudo feito pelo Sindiadubos.
Em contrapartida, de acordo com o presidente, o Sindiadubos tem
trabalhado para melhorar a eficiência no transporte do produto na área
externa ao Porto. “Esta sintonia perfeita está trazendo resultados que
hoje representam uma queda de 58% no valor pago”, explica Godoi.
Segundo ele, em anos anteriores, além da demurrage, os
importadores pagavam custos altos de frete dos navios, já que os
armadores contabilizavam o tempo de espera em Paranaguá. “Hoje, o custo
do frete do navio também foi reduzido em função da eficiência do Porto.
Para 2017, com as todas as obras de infraestrutura concluídas no Porto,
os resultados deverão ser ainda melhores”, completa o presidente do
Sindiadubos. Demurrage é a multa determinada em contrato, a ser paga
pelo contratante de um navio, quando este demora mais do que o acordado
nos portos de embarque ou de descarga.
Em 2011, o valor do demurrage por tonelada de
fertilizante era de U$ 16,88. Em 2015, o valor da multa sobre estadia
caiu para U$ 8,79 por tonelada, representando uma redução de 48% na
comparação com 2011. Já nos primeiros quatro meses de 2016, o demurrage
reduziu ainda mais e atingiu U$ 8,40 a tonelada, ou seja, valor 50%
menor do que há cinco anos atrás. O setor pagou em 2011 cerca de US$ 100,5 milhões em multas sobre
estadia. Já em 2015, os valores gastos com a demurrage foram de U$ 42,2
milhões.
O diretor-presidente da Appa, Luiz Henrique Dividino, um dos
palestrantes no Simpósio do Sindiadubos, disse que a meta para 2017 é
zerar a demurrage nos portos do Paraná. “A Appa trabalhou para melhorar a
logística em todos os setores e os resultando estão acontecendo na
prática. Desde que assumimos, a nossa meta sempre foi atender a
indústria e o produtor agrícola e é isso que estamos fazendo”, disse
Dividino.
Dividino explica que, nos últimos anos, a Appa fez um diagnóstico de
todo o sistema de descarga de fertilizantes para descobrir onde estavam
os principais gargalos, que consumiam tempo e tornavam as operações
menos ágeis. Uma das mudanças adotadas pela Appa foi a modernização do
processo de conferência das cargas de fertilizantes e a informatização
do sistema.
O Porto Digital anunciou que tem expectativa de
ter R$ 60,5 milhões destinados ao parque tecnológico através de emendas
parlamentares. O orçamento tem como objetivo auxiliar no desenvolvimento
de estratégias e projetos para o período entre 2017 e 2025, quando a
geração de receita do Porto deve chegar a R$ 2,5 bilhões.
A maior parte do valor - R$ 60 milhões - faz parte de uma emenda de
bancada à Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2017 propostas pelos
deputados André de Paula (PSD), Betinho Gomes (PSDB) e Daniel Coelho
(PSDB). Os outros R$ 500 mil foram destinados pela deputada Luciana
Santos (PC do B) por meio de emenda individual com objetivo de
desenvolver uma ação de empoderamento feminino na área de Tecnologias da
Informação e Comunicação (TIC).
O orçamento de R$ 60 milhões prevê oito eixos de atuação, com criação
de novos empreendimentos no parque tecnológico, ações de
interiorização, desenvolvimento de tecnologias para a promoção do bem
estar das cidades e das pessoas, qualificação de capital humano,
projetos de cooperação tecnológica com universidades e empresas, estudos
e pesquisas da economia digital em Pernambuco, ampliação da
infraestrutura mobiliária e o aperfeiçoamento da gestão institucional e
promoção do Porto Digital.
Até 2025, o parque tecnológico pretende desenvolver 26 projetos com
focos como interiorização do porto e incremento da atividade
empreendedora. Os projetos têm potencial para gerar 12 mil empregos em
TIC e economia criativa, para se juntar aos cerca de 8 mil atualmente. A
geração de receita com o Porto no período é estimada em R$ 2,5 bilhões
por ano por volta de 2025.
A CSAV, como havia sido revelado há algumas semanas, colocou bônus de US$ 50 milhões, entregues ao Banco Consórcio e ao Banco Internacional. Os bônus substituíram créditos de curto prazo concedidos pelas duas instituições financeiras, de US$ 45 milhões e US$ 5 milhões, respectivamente.
A operação contou com a assessoria financeira da IM Trust-Credicorp Capital. A IM, que têm tradição nesse tipo de negócio, também atuou como agente colocador dos bônus.
Esses bônus correspondem a série B e serão pagos em uma só cota, com vencimento em 20121. A taxa de interesse é de 5,20% ao ano. A classificação de risco da linha de bônus foi realizada por Feller Rate (BBB-/negativa) e Fitch Ratings (BBB-/negativa).
Transportar contêineres entre os terminais do
Porto de Santos e a Região Metropolitana de São Paulo não mais em
caminhões ou trens, mas por um sistema de trilhos suspensos, reduzindo o
impacto ambiental da operação e melhorando as condições de tráfego nas
estradas que atendem o complexo marítimo. O projeto, que será
apresentado na concorrência que o Governo paulista abrirá nas próximas
semanas, para selecionar um estudo sobre modelos de transporte de cargas
entre o cais santista e o Planalto, foi revelado a empresários e
autoridades do complexo marítimo na tarde de ontem, em Nova Iorque, nos
Estados Unidos.
O
empreendimento foi desenvolvido pela empresa de tecnologia
norte-americana Eaglerail Container Logistics e anunciado por seu
proprietário e chefe-executivo de Marketing, Mike Wychocki.
A
reunião com o empresário foi um dos compromissos da comitiva brasileira
ontem, durante sua visita ao Porto de Nova Iorque e Nova Jersey, o
principal da costa leste dos Estados Unidos.
A viagem ao complexo
integra a programação da edição deste ano (a 14ª) do Santos Export – Fórum Internacional para a Expansão do Porto de Santos.
O seminário foi realizado pelo Grupo Tribuna e pela Una Marketing de
Eventos no mês passado, no Mendes Convention Center, em Santos.
Segundo
Wychocki, o projeto de um sistema de transporte de contêineres por
trilhos suspensos, uma espécie de teleférico de cargas, será apresentado
na concorrência que a Dersa, empresa de transportes do Governo do
Estado, abrirá nas próximas semanas para contratar um estudo sobre como
melhorar a movimentação de cargas entre a Região Metropolitana de São
Paulo e os terminais do Porto de Santos. A licitação é financiada pelo
Banco Mundial. A EagleRail, explicou o executivo, participará do certame
em parceria com o grupo brasileiro de engenharia Promon.
O
empreendimento prevê a implantação de um terminal no Planalto, nas
proximidades do Rodoanel e do Ferroanel de São Paulo, onde haverá a
integração intermodal do sistema teleférico com rodovias e ferrovias.
Desse ponto, sairá a malha de trilhos aéreos (suspensos por pilares) que
descerá a Serra do Mar até chegar a Cubatão e à Área Continental de
Santos. O trajeto a ser percorrido a partir desse ponto ainda será
definido. Uma opção é ele entrar na região portuária pela Ilha Barnabé
e, então, se subdividir, com um ramal indo para a Margem Esquerda
(Guarujá) e outro para a Margem Direita (Santos), atravessando o canal
do estuário por uma ponte.
Conforme
Wychocki, o sistema deve chegar até cada um dos terminais de
contêineres do complexo, percorrendo ramais distintos para cada
instalação. De acordo com o executivo, a ideia já foi discutida com
instalações e operadores ferroviários que atuam no Porto de Santos.
O
estudo preparado pela Eaglerail engloba um sistema que transportará 500
contêineres por hora, a uma velocidade de 24 quilômetros por hora, indo
do cais santista até o Planalto em cerca de duas horas. O projeto ainda
prevê que as cargas de importação sejam retiradas sem serem
alfandegadas. O processo de liberação da Alfândega ocorreria apenas no
terminal do Planalto, que seria autorizado pela Receita Federal para
esse tipo de operação.
O
projeto visa facilitar a movimentação de contêineres no cais santista,
que deve crescer nos próximos anos, mesmo com a atual crise financeira
do País afetando o comércio internacional, prevê o executivo.
“A
operação de contêineres vai crescer e Santos terá de se preparar para
isso. Qual a solução? Podemos construir mais rodovias, ampliar as malhas
ferroviárias até o cais. Ou então podemos inovar e melhorar. E é essa
nossa proposta: oferecer um sistema de transporte mais limpo, veloz,
automatizado e que reduzirá os congestionamentos nas estradas e
aumentará a capacidade dos portos”, afirmou Mike Wychocki perante os
empresários e as autoridades, reunidos em uma sala em um dos prédios de
escritório da Sexta Avenida em Mahattan, Nova Iorque.
A
apresentação foi acompanhada por representantes do Consulado dos
Estados Unidos em São Paulo e da Administração Marítima do Departamento
de Transportes do Governo dos Estados Unidos, além de demais dirigentes
da Eaglerail. Ainda durante a exposição à comitiva de empresários e autoridades do Santos Export,
o proprietário e chefe-executivo de Marketing da Eaglerail Container
Logistics, Mike Wychocki, destacou que o sistema apresentado por sua
empresa visa preencher uma lacuna ainda ignorada pelo mercado.
Segundo
ele, o setor de transportes marítimo tem avançado na ampliação de
navios, equipamentos de movimentação de cargas nos portos e nas
tecnologias adotadas em trens e caminhões, mas não desenvolve sua
intermodalidade. E também não tem encontrado respostas para o transporte
dos contêineres vazios – que têm Intermodalidade
O
transporte por trilhos aéreos é utilizado em países como China e Japão,
para a movimentação de passageiros, há mais de 100 anos, lembrou o
empresário. E tem sido aproveitado para o mesmo fim, recentemente, nos
Estados Unidos e em Israel. Como vantagem, explora um espaço não
aproveitado (a parte aérea de rodovias, por exemplo), é movido à
eletricidade (sem emissão de poluentes na atmosfera) e automatizado,
destaca o empresário. E, segundo ele, sua utilização para o deslocamento
de cargas é viável.
“É um
sistema positivo. Mas seu principal ganho é o baixo impacto ambiental.
Só precisamos instalar os pilares e a carga passa sobre a vegetação, sem
quaisquer danos. E o mesmo modelo pode ser utilizado sobre rios, canais
e o mar, podendo atender terminais offshore”, explicou o executivo da
Eaglerail. A empresa de
tecnologia também está em negociações para implantar o modelo de
transportes em outros portos do Brasil – em Itaguaí (RJ), há conversas
com a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) – e de outros países.
Há
ainda tratativas avançadas no complexo de Nova Iorque e Nova Jersey, em
Durban, na África do Sul, em Rizhou, no norte da China. Aliás, o porto
asiático, que opera 3 milhões de TEU (unidade equivalente a um contêiner
de 20 pés), deverá ser o primeiro a contar com esse modelo de
movimentação de contêineres. Uma carta de intenções com sua
administração para a elaboração do projeto inicial já foi assinada.
Também
na quinta-feira (27), empresários e autoridades da comitiva do Santos
Export se reuniram com executivos da empresa de engenharia Aecom. Na
pauta do encontro, os impactos do aumento do nível do mar nas regiões
costeiras e, principalmente, nos portos marítimos.
Atualmente,
a Aecom elabora planos de resiliência costeira para a ilha de
Manhattan, em Nova Iorque, regiões de Nova Jersey e o Porto de Long
Beach, na costa oeste dos Estados Unidos. No início do mês, a empresa
foi contratada pelo Porto de Los Angeles (vizinho ao de Long Beach) para
desenvolveu sua estratégia de proteção.
Os indicadores preliminares do ritmo de atividade mostram que a
economia pode ter continuado no vermelho em setembro. Isso amplia a
probabilidade de que o Produto Interno Bruto (PIB) tenha sido negativo
no terceiro trimestre em relação ao trimestre anterior.
O fluxo de caminhões nas rodovias brasileiras que cobram pedágio,
por exemplo, foi em setembro 0,2% menor que o registrado em agosto,
descontadas as variações típicas do período, segundo a Associação
Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR). A retração de setembro
ocorre depois do tombo de 2,5% no fluxo de caminhões registrado em
agosto na comparação com julho.
A expedição de papelão ondulado, usado para embalar as mercadorias,
também não saiu do terreno negativo. No mês passado, os volumes
vendidos caíram 2,1% em relação a agosto, de acordo com a Tendências
Consultoria Integrada. A consultoria calcula os dados da Associação
Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO), descontando as influências
sazonais. Em agosto, a queda no consumo de embalagens havia sido maior,
de 3,1% sobre julho.
A produção total de veículos exibe em setembro um desempenho melhor
comparado ao fluxo de caminhões nas rodovias e ao consumo de
embalagens, mas ainda insuficiente para cobrir o baque que houve em
agosto. Em setembro, a produção total de veículos automotores avançou
apenas 0,2% na comparação com o mês anterior, depois de cair 10,8% em
agosto ante julho. Os resultados descontam as variações típicas que
ocorrem nesses meses.
"Esses índices dão um cheiro do que pode ter sido a produção
industrial no mês passado", observa Thiago Xavier, analista da
Tendências, responsável pelo acompanhamento de indicadores antecedentes.
Com base nesses resultados, ele projeta um avanço muito pequeno na
indústria em setembro, de 0,3%, em relação ao mês anterior. Em agosto, a
produção caiu 3,8% na comparação com julho, interrompeu cinco meses
seguidos de alta e consumiu todo o avanço de 3,7% registrado entre março
e julho.
A International Maritime Organization
(IMO) criou novas regras de segurança para o transporte marítimo internacional
de mercadorias. Essas novas normas estão de acordo com a Convenção Safety of
Life at Sea (SOLAS) e versa sobre a declaração dos pesos das cargas
transportadas. “Em outras palavras, significa que o exportador se torna
responsável por informar o peso exato do container e a carga antes de seu
embarque. Essa declaração deve ser feita através do Verified Gross Mass (VGM)”,
explicou o gerente de Operações da DC
Logistics Brasil, Bruno
Souza.
Historicamente há um elevado índice de
contêineres sendo carregados com peso acima do declarado de embarque ocasionando
um risco à segurança das embarcações, equipamentos portuários e todas as
pessoas que operam em portos, navios e transporte rodoviário complementar.
Sendo assim, a nova legislação internacional visa garantir que os pesos
declarados sejam os mesmos que os efetivamente transportados.
“Essa nova regra
tem aplicação desde o dia primeiro de julho deste ano. Preparamos um material
com algumas perguntas e respostas para sanar possíveis dúvidas relacionadas ao
assunto. Todas as informações estão disponíveis em no e-book ‘O que você
precisa saber sobre VGM’ que pode ser baixado
gratuitamente em nosso site”, disse Bruno. Veja no link: www.dclogisticsbrasil.com/downloads.
A Ramboll Environ projetista e consultora de portos, com o apoio da
consultoria CPEA, e da Acciona, construtora e gestora global de obras de
infraestrutura, realizaram, nesta semana, o seminário “O
porto, a cidade de Santos e as adaptações climáticas: como enfrentar os
futuros desafios ambientais”. O evento reuniu especialistas nacionais e
internacionais de empresas e instituições comprometidas com a
sustentabilidade do planeta, a fim de discutir os impactos da
intensificação das alterações climáticas sobre os portos, seus negócios e
a sociedade.
“Decidimos realizar este encontro com o intuito de promover a
discussão de um tema que já integra o cotidiano dos profissionais e das
autoridades portuárias. As mudanças climáticas já são uma realidade”,
afirma Eugenio Singer, presidente da Ramboll Environ no Brasil. Em sua
avaliação é unânime a percepção da urgência de se conscientizar os
diferentes agentes do setor e da sociedade sobre a necessidade de
planejar agora as ações para os próximos 50 ou 100 anos, contemplando as
alterações que a natureza deve impor à economia, aos negócios e ao
estilo de vida das pessoas em um futuro que parece longe, mas está muito
próximo.
O especialista internacional Doug Daugherty, diretor sênior da
Ramboll Environ e representante dos EUA na PIANC (Associação Mundial de
Infraestrutura de Transportes Marítimos), explicou que são perceptíveis
modificações na geomorfologia de rios e mares, bem como o aumento das
temperaturas, com a consequente ampliação dos períodos de secas em
determinadas regiões globais. “Esta transformação do planeta precisa ser
avaliada e trabalhada pelos diferentes elos da economia. Os portos
estão certamente incluídos nisto, pois são a porta de entrada e saída do
mercado”, afirmou Daugherty.
Para Sérgio Pompeia, presidente da CPEA, o que se verifica em Santos,
por exemplo, é o aumento do nível do mar e a intensificação das
ressacas e das enchentes. “Diante disso, é preciso definir que obras e
demais medidas serão necessárias a curto, médio e longo prazo e
incorporá-las no planejamento urbano e de crescimento do Porto, de forma
a torná-las uma oportunidade de melhoria da cidade”, argumentou.
A professora do Instituto de Geociências da Unicamp, Lucí Hidalgo
Nunes, falou sobre projeções de aumento do nível do mar obtido por meio
de um modelo de estudo, que apontou que a elevação pode chegar a até 23
cm em 2050 e a aproximadamente 45 cm em 2100, causando prejuízos
relevantes à economia regional e nacional. "Santos abriga o maior e mais
importante porto do País. Por isso, qualquer impacto ambiental local
terá repercussões na economia nacional", ressaltou a pesquisadora.
Esses resultados são oriundos de uma pesquisa recente desenvolvida
por um grupo de pesquisadores de diversas instituições (CEMADEN,
UNICAMP, INPE, USP, Instituto Geológico e Prefeitura de Santos), que
envolveu, em uma de suas fases, formadores de opinião da sociedade
santista, com representantes de diferentes setores do setor público,
privado e ONG's. Eles revelaram preocupação a partir do quadro
demonstrado, e escolheram algumas medidas de adaptação à elevação do
nível do mar, como a ampliação artificial das áreas de areia e
construção de muros de retenção em determinadas áreas.
Em outros países, em contrapartida, inúmeros portos já se prepararam
para o impacto das mudanças climáticas. Doug Daugherty, da Ramboll
Environ, citou os portos de Los Angeles, San Diego, Long Beach e
Vancouver, como exemplos de portos que têm bons planejamentos e processo
de implantação sustentáveis, contemplando as alterações de clima em
suas respectivas regiões.
O conceito de “porto Inteligente” é outra iniciativa exemplar em
âmbito internacional no setor portuário. O especialista Bjarne
Mathiesen, diretor da Área de Transportes da Ramboll, explicou que o
porto inteligente é focado nos negócios e na sustentabilidade,
contribuindo para propiciar melhor qualidade de vida às comunidades e o
desenvolvimento econômico da região, sendo sustentável em todos os
aspectos.
“A gestão de portos caracteriza-se pela gestão de riqueza, ou
seja, geração e administração de negócios. É preciso ter a administração
da autoridade portuária, e também que o porto seja gerido para
incrementar negociações e ser lucrativo. Por isso, governança é
essencial e torna fundamental alinhar diferentes aspectos, como
crescimento, a previsibilidade das operações, impactos das mudanças
climáticas, a relevância para a economia e sociedade, a competitividade,
a organização e a estratégia, sempre dentro de uma cultura criativa”,
explicou.
Mathiesen listou ainda alguns mandamentos que devem ser seguidos por
todos os gestores de portos para tornar o negócio bem-sucedido. O
primeiro deles é monitorar a execução e atualizar o plano mestre com
frequência. O segundo é deixar sempre muito claro que o porto pode e
quer receber investimentos nacionais e internacionais. Em terceiro
lugar, é preciso tornar todas as áreas portuárias disponíveis úteis.
Para concluir as duas últimas recomendações são preservar os ativos e
divulgar constantemente seus planos para os principais stakeholders.
O advogado Ludovino Lopes, especialista em questões ambientais da
Ludovino Lopes Advogados, reforçou que as legislações sobre as questões
ambientais vêm evoluindo rapidamente. “Enquanto o Protocolo de Kyoto
levou sete anos para ser colocado em prática (1998 a 2006), o acordo de
Paris, no qual cada país estabeleceu seu próprio compromisso com a
sustentabilidade, saiu do papel em nove meses”, destacou Lopes.
Esta evolução das questões ambientais se comprova pelo fato de o
Brasil ter se comprometido a reduzir as emissões de CO2, por exemplo, em
37% até 2025, e em 43% até 2030, e já estar começando a impor metas
para os mais diversos setores. “No âmbito internacional, o setor aéreo
aprovou recentemente um modelo regulatório baseado em um mecanismo de
mercado de redução de emissões e esforço próprio em eficiência
energética e tecnológica, e o de portos deverá fazer o mesmo em breve,
porque representa de 2% a 3% das emissões de CO2 no mundo. Portanto, é
premente preparar planos de longo prazo, considerando os novos desafios
climáticos e de mercado; as diferentes legislações nacionais dos vários
países e as regionais”, ressaltou Lopes.
O advogado lembrou também que o
Brasil como pais e pelo menos 17 estados subnacionais brasileiros já
têm na pauta exigências relativas às mudanças climáticas, que em breve
chegarão ao setor de transportes e por consequência ao setor de
transporte marítimo. Tiago Cesar Benini, gerente de Segurança do Trabalho e
Sustentabilidade da Acciona, destacou a necessidade de planejar o futuro
do Brasil. “É fundamental pensar no longo prazo para tornar não só os
portos, mas as cidades, os estados e também o País mais sustentável em
termos econômicos, sociais e ambientais”, disse Benini.
O terminal da Cesa (Companhia Estadual de Silos e Armazéns), em Rio Grande (RS) poderá comprometer o fluxo das exportações de arroz. A empresa é a principal armazenadora do produto no porto do Sul do Estado. Para voltar a funcionar, o terminal precisa de laudo técnico de análise de risco de explosão de pó do grão.
O problema é o tempo que será necessário para fazer a licitação para contratação do serviço, podendo demorar até 90 dias. "Conseguimos liminar administrativa para carregar o produto que estava praticamente vazia, não recebemos mais nada", explicou o diretor técnico e comercial da Cesa, Lúcio do Prado.
A preocupação é justificada pela importância da unidade para a companhia. O terminal portuário responde por mais de 60% do faturamento da Cesa, que ainda passa por dificuldades financeiras. "Cada dia parado representa um pouco mais de prejuízo", lamentou o dirigente.
O armazém tem capacidade para 52 mil toneladas e trabalha quase que exclusivamente com arroz. Nesse ano, a unidade recebeu em torno de 1 milhão de toneladas do cereal exportadas. Os embarques foram principalmente para países da África e da Ásia. Prado lembrou que a notificação do Ministério do Trabalho para apresentação do laudo teria sido feita em 2014. Mas, de acordo com ele, a exigência não foi comunicada à nova direção da Cesa.
Sem poder armazenar o produto na Cesa, as trades estão buscando alternativas em terminais privados. "Por muita sorte, os negócios com soja estão parados agora, possibilitando o recebimento de arroz em outros terminais. Isso, no entanto, pode mudar a qualquer momento", advertiu o presidente da Federarroz (Federação das Associações de Arrozeiros do Estado), Henrique Dornelles.
O dirigente destacou que a interdição da unidade da Cesa em Rio Grande é muito negativa ao setor orizícola. É que, sem ela, é preciso disputar espaço com a soja nos terminais privados, impactando no planejamento comercial e nos negócios externos do produto.
A GranEnergia e a
Prumo Logística formalizam uma parceria que resultou na Dome, voltada para
oferecer soluções integradas de serviços para a indústria de óleo e
gás. A empresa terá suas atividades centralizadas no Porto do Açu, com
início previsto para novembro. O objetivo da empresa é contribuir para o
aumento da eficiência, otimizar custos e garantir a integridade das
instalações, tudo voltado para a indústria de óleo e gás.
Segundo Miguel Gradin, presidente da GranEnergia, o foco da
companhia será em inicialmente prover serviços de gestão de integridade e
modernização de embarcações e equipamentos, contemplando, inclusive, a
fabricação de spools, estruturas, módulos e skids, além de serviços de
apoio logístico, tanto à indústria offshore como às demais empresas
instaladas no Porto do Açu.
“GranEnergia e Prumo
compartilham os mesmos valores e seus negócios são complementares. A
parceria visa oferecer para a indústria serviços integrados com o apoio
de uma infraestrutura estado-da-arte. A Dome chega ao mercado para
possibilitar o desenvolvimento de um centro de serviços completo,
competitivo e inovador, e que trará soluções aos desafios da indústria”,
afirmou.
Instalada na margem esquerda do Terminal Onshore
(Terminal 2) do Porto do Açu, a Dome utilizará estruturas do complexo
para atender aos clientes, como o Terminal Multicargas (T-MULT) e o
Terminal de Reparo Naval, que está em desenvolvimento e será instalado
no quebra-mar do Terminal Onshore do Açu. A utilização destes terminais
possibilitará à empresa maior flexibilidade para atender seus futuros
clientes, possibilitando oferecer infraestrutura diferenciada, com
calado de até 14,5 metros.
“A Dome será one-stop-shop e
irá oferecer serviços customizados de acordo com as necessidades de cada
cliente. Isso significa redução de custos, aumento da eficiência e
eliminação de gargalos”, disse José Magela, presidente da Prumo
Logística, empresa que desenvolve e opera o Porto do Açu.
Entre
os primeiros clientes da Dome está a própria GranEnergia, que passa a
ter o Porto do Açu como alternativa para suas operações. Essa sinergia e
complementariedade entre as empresas também se traduz em seus
princípios e valores. “Nossa parceria é uma operação conjunta formada
por uma equipe focada no desenvolvimento de soluções inovadoras e
integradas, com o objetivo de criar valor aos nossos clientes e
parceiros, tendo Segurança e Conformidade como princípios fundamentais”,
completa Miguel Gradin.
A Administração dos Portos de Nova Iorque e Nova Jersey, na disputa pelos novos navios que passaram a navegar pela costa leste
dos Estados Unidos, após a ampliação do Canal do Panamá, está investindo US$ 4,4 bilhões em um pacote de obras para melhorar sua
infraestrutura. Entre as intervenções, estão o aprofundamento de seu
canal de navegação, a elevação de uma ponte rodoviária e a melhoria de
sua logística, com a construção de ramais ferroviários em terminais
portuários e de uma instalação intermodal. A ideia é manter o complexo, o segundo do país em movimentação de contêineres, como o mais importante da costa do Atlântico.
“Somos o mais importante porto da costa leste dos Estados Unidos e
vamos manter essa posição. Esses novos navios têm de ter condições de
atracar aqui e estamos providenciando isso. E se há esse investimento é
porque aqui, esses recursos têm retorno garantido”, afirmou o
diretor-assistente do setor de Desenvolvimento de Negócios do Porto, do
Departamento de Comércio Portuário da Autoridade Portuária de Nova
Iorque e Nova Jersey (APNINJ), Sam Ruda.
O executivo apresentou a estratégia comercial do complexo
norte-americano a empresários e autoridades do Porto de Santos na manhã
de ontem, durante visita do grupo aos escritórios da APNINJ na zona
portuária de Nova Jersey. A viagem complementa a programação da edição
deste ano (a 14ª) do Santos Export – Fórum Internacional para a Expansão
do Porto de Santos. O seminário, realizado pelo Grupo Tribuna e pela
Una Marketing de Eventos, aconteceu no mês passado, no Mendes Convention
Center, em Santos.
Na apresentação à comitiva do Santos Export, Ruda destacou o programa
de dragagem de aprofundamento do complexo, concluído no mês passado e
financiado pelo governo federal, a um custo de US$ 2,1 bilhões. No
total, 38 milhas náuticas (70,4 quilômetros) de seus canais de navegação
foram dragadas de 45 pés (13,7 metros) para 52 pés (15,84 metros) de
profundidade – 50 pés (15,24 metros) previstos em projeto mais dois pés
(0,6 metro) de margem de segurança. Com essas dimensões, os acessos
aquaviários permitem a navegação de navios de até 18 mil TEU (unidade
equivalente a um contêiner de 20 pés).
Esse tipo de embarcação, tradicionalmente utilizada no transporte de
cargas entre o Extremo Oriente e a costa oeste dos Estados Unidos, pelo
Oceano Pacífico, ampliará suas escalas nos portos do Oceano Atlântico – e
da costa leste norte-americana – com a conclusão, em junho passado, das
novas eclusas do Canal do Panamá, que permitem a navegação de navios de
maiores dimensões. Cargueiros maiores já eram recebidos nos terminais
de Nova Iorque e Nova Jersey – em março do ano passado, o Zim Tianjin,
de 10 mil TEU, atracou nas instalações do Global Container Terminal
(GCT) – mas eram viagens esporádicas e eles vinham pelo Canal de Suez
(que liga o Mar Vermelho ao Mar Mediterrâneo).
“Esses grandes navios, de 14 mil TEU, 18 mil TEU, vão começar a vir
com maior frequência para o Atlântico e nós temos de garantir que eles
venham para cá. Somos o maior porto da costa. É nossa obrigação estarmos
prontos para recebê-los”, afirmou o representante da Autoridade
Portuária.
Ajuste de pontes
Além do aprofundamento, o Porto de Nova Iorque e Nova Jersey investe
no ajuste das pontes construídas sobre seus canais de navegação,
ampliando seus vãos de modo a permitir a passagem desses grandes navios.
O principal projeto é a elevação da Ponte Bayonne, que liga a região de
Staten Island (Nova Iorque) à zona portuária de Bayonne (Nova Jersey). A
obra, que demanda investimentos de US$ 1,3 bilhão, teve início no ano
passado e deve ser concluída no final de 2017. Seu grande diferencial é
que a maior parte da estrutura da ponte, construída em aço nos anos 30,
está sendo aproveitada. Ela ganhará novos acessos rodoviários, mais
altos, e sua pista foi elevada em 64 pés (19,5 metros), até atingir 215
pés (65,5 metros) do nível do mar. E todo esse trabalho é feito enquanto
a pista original permanece aberta à circulação de veículos. Segundo Sam Ruda, apenas após a entrega da via superior é que a parte inferior será desmontada.
O programa de melhorias da administração portuária ainda prevê a
expansão de sua malha ferroviária, com a construção de ramais em
terminais de contêineres. O objetivo é ampliar a participação do modal
nas operações do complexo. Atualmente, 16% dos contêineres movimentados
entre a região e o interior do país são transportados em vagões. Nos
próximos cinco anos, esse índice deve crescer para 20%. Segundo o
diretor-assistente, aumentar a utilização ferroviária é uma das
“principais estratégias” da Autoridade Portuária de Nova Iorque e Nova
Jersey (APNINJ).
“Buscamos expandir o transporte ferroviário pois ele é estratégico,
tem menor custo e menos impacto (ambiental). É um compromisso nosso, que
pode ser comprovado tanto nos novos ramais como no novo terminal
intermodal que será implantado”, explicou o diretor-assistente do setor
de Desenvolvimento de Negócios do Porto, do Departamento de Comércio
Portuário da APNINJ , Sam Ruda, referindo-se à instalação a ser
construída para o embarque e desembarque de contêineres em composições
ferroviárias na área do porto.
O programa de Nova Iorque e Nova Jersey para atrair os grandes navios
ainda envolve a otimização de sua gestão e dos procedimentos de
liberação de cargas. Para isso, a Autoridade Portuária criou um grupo de
trabalho, formado por autoridades e empresários locais, para analisar e
propor mudanças no cotidiano do complexo.
Após a reunião nos escritórios do porto em Nova Jersey, a comitiva do
Santos Export conheceu dois de seus terminais de contêineres na região.
Foram visitados o GCT Bayonne e o Port Newark Conteiner Terminal. Ambos
contam com operações semiautomatizadas, com sistemas de automação em
seus pátios de carga.
A programação do grupo no Porto de Nova Iorque e Nova Jersey continua
hoje, com reuniões com consultores portuários. Pela manhã, está
previsto um encontro com a equipe da Aecom, para debater estratégias de
proteção da infraestrutura portuária diante do aumento do nível do mar
previsto para este século. À tarde, a comitiva será recebida por
especialistas da EagleRail, que apresentará novas tecnologias na
movimentação de contêineres.
As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em baixa nesta sexta-feira
(29), ainda em meio a preocupações com a China e à espera da divulgação
do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA, mas o mercado japonês destoou e
subiu, diante da fraqueza do iene ante o dólar.
Na China, o
índice Xangai Composto recuou 0,26%, a 3.104,27 pontos, enquanto o menos
abrangente Shenzhen Composto caiu 0,8%, a 2.052,02 pontos. Em Hong
Kong, o Hang Seng teve queda mais expressiva, de 0,77%, a 22.954,81
pontos.
Um indicador chinês publicado no meio da semana, que
mostrou forte desaceleração no crescimento do lucro industrial, voltou a
gerar temores sobre a recuperação da segunda maior economia mundial.
Em
outras partes da Ásia, o sul-coreano Kospi caiu 0,23% em Seul, a
2.019,42 pontos, o filipino PSEi cedeu 0,54% em Manila, a 7.404,80
pontos, e o taiwanês Taiex ficou praticamente estável, com ligeiro ganho
de 0,08%, a 9.306,92 pontos.
Os negócios na região asiática
também foram marcados por uma certa dose de cautela, com os investidores
aguardando a primeira estimativa para o PIB dos EUA no terceiro
trimestre, que será divulgada nesta manhã. Um eventual número positivo
deve reforçar as expectativas de que o Federal Reserve (Fed, o banco
central norte-americano) voltará a elevar juros antes do fim do ano.
Em
Tóquio, o Nikkei contrariou o viés negativo na Ásia e terminou o dia
com ganho de 0,63%, a 17.446,41 pontos. Durante a madrugada, o iene
atingiu o menor nível frente ao dólar em cerca de três meses,
impulsionando ações de exportadoras na bolsa japonesa. O setor
financeiro também se destacou na capital japonesa, influenciado pelo
avanço observado desde ontem nos rendimentos dos bônus globais.
Na
Oceania, a bolsa australiana caiu pelo terceiro pregão seguido,
pressionado por bancos locais. O índice S&P/ASX 200 perdeu 0,2%, a
5.283,80 pontos, fechando no menor patamar em seis semanas.
O impacto da tensão externa no câmbio superou os efeitos da
internalização de recursos no Brasil, levando ao segundo avanço
consecutivo do dólar. No mercado à vista, a divisa dos EUA fechou em
alta de 0,42%, aos R$ 3,1564, acumulando ganho de 1,54% em duas sessões.
De acordo com dados registrados na clearing da BM&F Bovespa, o
volume de negócios somou US$ 1,530 bilhão. Já no segmento futuro, o
contrato para novembro encerrou com elevação de 1,07%, aos R$ 3,1760,
com giro de US$ 17,506 bilhões.
Lá fora, prevaleceu a cautela em meio à perspectiva de que as
principais economias do mundo podem estar se preparando para reduzir os
estímulos monetários, ao mesmo tempo em que firma-se a aposta de
elevação de juros nos EUA ainda em 2016. Nas máximas, o dólar à vista
chegou aos R$ 3,1608 (+0,56%) à tarde, e o futuro para novembro tocou R$
3,1770 (+1,10%).
Por aqui, o ganho da divisa norte-americana foi limitado - e chegou
a ser revertido de manhã - pelo fluxo positivo decorrente da lei de
regularização de capital mantido no exterior. Nas mínimas, dólar à vista
atingiu R$ 3,1283 (-0,48%) e o futuro para novembro tocou R$ 3,1305
(-0,38%).
Até as 17 horas de hoje, a Receita Federal informou que a
repatriação de recursos no exterior registrou R$ 45,78 bilhões de
imposto e multa decorrentes da regularização de ativos. Para o ministro
da Fazenda, Henrique Meirelles, a arrecadação com o programa ainda deve
aumentar, com chance de superar os R$ 50 bilhões. "Vai passar", afirmou.
Já questionado se superariam os R$ 80 bilhões, ele não se arriscou.
"Vamos ver."
Para facilitar o trabalho daqueles que deixaram a regularização
para a última hora, o Banco Central decidiu ampliar o horário de
encerramento do registro, pelos bancos, das operações de câmbio de 19
horas para 23 horas. A mudança vale entre os dias 26 e 31 de outubro.
A Transpetro, subsidiária de logística da Petrobras, cancelou a
contratação de 17 navios previstos no Programa de Modernização e
Expansão da Frota (Promef), informou o presidente da empresa, Antonio
Rubens Silva. Segundo o executivo, são embarcações que nem sequer
começaram a ser construídas e todos os pedidos tiveram contratos
rescindidos.
O Promef era um dos principais programas da Transpetro sob a gestão
de Sérgio Machado, ex-presidente da subsidiária e um dos delatores de
caciques do PMDB na Operação Lava Jato. Foi também um dos carros chefes
do plano dos governos do PT de impulsionar a indústria naval por meio da
demanda da Petrobras.
O Promef previa a contratação de 46 embarcações, segundo Silva.
Três navios que estavam em construção no estaleiro Eisa Petro-1, no Rio,
estão com situação indefinida, após o fornecedor pedir recuperação
judicial. O presidente da Transpetro disse que essas encomendas podem
tanto ser canceladas quanto repassadas para outros estaleiros.
Ainda conforme Silva, o cancelamento não implica redução na
capacidade de operação da Transpetro. O plano é fretar navios para dar
conta da demanda da Petrobras e de outras empresas, já que o foco de
expansão da subsidiária agora vai além da demanda de sua controladora.
"O fato de ter cancelado 17 navios não quer dizer que não vamos
mais ter navios. Estamos agora avaliando contratar navios a casco nu",
disse Silva, comparando com a frota de caminhões da Transpetro, da qual
355 são de terceiros. "Não é terceirização. O navio é contratado, mas eu
tripulo e presto o serviço", explicou.
Os auditores e técnicos fiscais da Receita Federal voltaram a
paralisar suas atividades nesta quarta–feira (26) em todo o País, insistindo na recomposição dos seus salários. Mas, agora, a categoria também se colocou contra a articulação envolvendo o Projeto de Lei (PL) 5864/16, que trata da carreira tributária e aduaneira da Receita Federal. Eles acusaram o texto de sofrer
mudanças que prejudicariam os profissionais.
Segundo
o sindicato, a paralisação foi motivada pelo teor do relatório do
projeto de lei – que ainda está em análise na Câmara dos Deputados – o
qual, segundo a categoria, teve o texto alterado, "desvirtuando o acordo
obtido junto ao Governo Federal em março de 2016". Para os auditores,
as mudanças desmontam a estrutura funcional dos cargos e geram confusão
administrativa.
Com
a paralisação, as consequências ficam para as aduanas de portos,
aeroportos e zonas de fronteira, que têm operação padrão (ou
"tartaruga") na zona primária, e paralisação da zona secundária.
Este
é o caso do Porto de Santos, onde a paralisação é completa e, durante o
período de greve, serão liberados somente cargas vivas, perigosas,
medicamentos, perecíveis, urnas funerárias e fornecimento de bordo no
cais santista.
No aeroporto de Guarulhos, no começo da manhã de
ontem, a operação, que era padrão, passou a ser “tartaruga” no final da
tarde. Já nas aduanas, não há greve e os trabalhos seguem, porém, em
operação-padrão, com aumento do rigor na fiscalização e,
consequentemente, maior lentidão. Tanto para greve como para
operação-padrão, a adesão dos trabalhadores é de 90%.
A movimentação de cargas pelo Porto de Antonina (PR) apresentou aumentou
de 94% entre os meses de janeiro e outubro de 2016, com 1.055.611 de
toneladas. No ano passado, haviam sido movimentadas por Antonina 544.082
toneladas. Entre os principais produtos que passaram pelo Porto estão a
exportação de açúcar e de farelo de soja e a importação de
fertilizantes.
O secretário paranaense de Infraestrutura e Logística, José Richa
Filho, disse que, após ter ficado um longo período parado, o Porto de
Antonina voltou a operar em 2011 e tornou-se novamente uma porta de
entrada e saída de produtos. “A retomada da movimentação de cargas em Antonina é fruto de um plano
de investimentos na área. O Governo, por meio da Administração dos
Portos de Paranaguá e Antonina (APPA), fez a dragagem do canal de acesso
ao Porto de Antonina, devolvendo os 10 metros de profundidade do
canal”, afirmou Richa Filho. “Com isso, navios maiores e de diferentes
cargas passarão a atracar no porto. O intuito é aumentar o portfólio de
produtos negociados e fortalecer a economia local”, argumentou o secretário.
O Porto de Paranaguá, no acumulado dos nove meses do ano, também registrou aumento na movimentação de
cargas, em 5%, se comparado ao mesmo
período de 2015. Entre exportação e importação foram movimentadas
35.565.482 de toneladas de produtos, sendo 15,8 milhões de toneladas a
mais do que em 2015, quando a movimentação foi de 33.982.487 de
toneladas no período.
A movimentação de granéis sólidos em Paranaguá - entre janeiro e
setembro - foi de 23,9 milhões de toneladas. Já o granel líquido
registrou aumento de 44%, com a movimentação de 4,49 milhões de
toneladas em 2016. A movimentação de cargas gerais foi de 7,2 milhões de
toneladas neste período.
Alguns produtos alavancaram as exportações e importações pelo Porto
de Paranaguá nestes nove meses. Os maiores aumentos foram registrados na
exportação do açúcar, com alta de 10% em 2016; exportação de cargas
gerais, com aumento de 11% e de veículos, com aumento de 32%. Em relação aos veículos a queda no mercado interno elevou as exportações em 155% em 2016. Já a importação caiu 52% neste ano.
Os aumentos mais significativos obtidos pelo Porto de Paranaguá neste
período ocorreram no processo de importação. O trigo obteve uma alta de
342% em comparação com 2015; a importação de metanol aumentou 38% e os
derivados de petróleo tiveram 130% de alta. A importação de cevada e de
malte aumentou 75%; a importação de sal aumentou 10% e outros – que
inclui máquinas, aparelhos, alimentos, peças e produtos da indústria -
aumentou 133%.
Nos últimos 19 meses, o Porto de Paranaguá bateu 28 recordes históricos de movimentação de cargas. O diretor-presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e
Antonina (Appa), Luiz Henrique Dividino, atribui os recordes aos
investimentos de aproximadamente R$ 600 milhões, que resultaram em
ganhos de produtividade de 33% nos portos paranaenses.
“Mesmo atravessando a maior crise econômica do país, batemos 28
recordes históricos em 19 meses com movimentação de fertilizantes,
contêineres, recordes de movimentação de grãos mensal, semestral e
diário no corredor de exportação, recorde no embarque de etanol, recorde
na descarga de diesel e na movimentação de caminhões no pátio de
triagem”, mencionou Dividino.
Neste ano de 2016 o Porto de Paranaguá acumulou recordes consecutivos
de movimentação nos meses de janeiro, fevereiro, março e abril. Na última semana, o Porto de Paranaguá bateu o recorde no embarque de açúcar em um único navio. Foram carregadas 62,6 mil toneladas do produto no navio de bandeira
liberiana Mv Kyoto Star, superando em 19% o recorde anterior, de 2001,
quando tinham sido embarcadas 52,5 mil toneladas em apenas um navio.
“Os recordes obtidos refletem planejamento e os resultados dos
investimentos, aliados ao trabalho técnico e operacional dos
profissionais que atuam na área portuária”, ressaltou Dividino. Segundo
ele, esta soma de fatores vem aperfeiçoando todo o modelo logístico
existente, promovendo a racionalização das operações e a elevação dos
índices de competitividade dos portos do Paraná, em relação aos portos
vizinhos.
Um total de 19,9 milhões de sacas de 60 quilos
de café – 1,19 milhão de toneladas do grão – foi embarcado no Porto de
Santos neste ano, até o mês passado. Com isso, o cais santista segue
como a principal porta de saída da commodity no País, escoando 84,1% da
safra brasileira do produto. Mas esse volume poderia ser maior, se não
houvesse o impacto da greve dos auditores fiscais da Receita Federal,
que já dura três meses.
A
paralisação impacta diretamente na liberação dos certificados de
exportação, necessários para o embarque da carga. A informação é do
Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), que realiza
levantamentos mensais sobre o comércio internacional da commodity.
De
acordo com a entidade, as exportações de café somaram 2,5 milhões de
sacas no mês passado em todo o País. No entanto, o volume esperado era
de 3 milhões de sacas. Esta marca foi obtida em agosto.
“Temos
convicção de que (a redução) é algo pontual. Assim que tudo for
regularizado, os números serão atualizados, refletindo a normalidade
registrada em agosto e mantendo o crescimento contínuo conquistado pela
eficiência e pela sustentabilidade de nossos processos produtivos, que
resultam em um café cada vez mais qualificado e interessante para o
consumidor no mundo todo”, afirma o presidente do Cecafé, Nelson
Carvalhaes.
O
total exportado de janeiro até setembro computou 23,7 milhões de sacas,
com receita de US$ 3.5 milhões. Já a soma dos últimos 12 meses, entre
outubro do ano passado e setembro deste ano, registrou 34 milhões de
sacas com total de receita de US$ 5.1 milhões.
No
mês passado, o destaque foi para os cafés industrializados (torrado e
solúvel), que somaram 302.295 sacas. O volume é 7,7% maior do que os
embarques registrados em setembro do ano passado.
Mesmo
com esse incremento, os cafés verdes mantiveram a liderança das
exportações, com 2,1 milhões de sacas de arábica e 30.486 de robusta. No
entanto, registraram queda de 24,4% em relação ao mesmo período do ano
anterior. Todo esse volume foi responsável por uma receita cambial de
US$ 409,496 milhões. O
preço médio da saca registrado em setembro foi de US$ 163,59, com alta
aproximada de 1.8% em relação ao mês anterior, quando o custo foi de US$
160,62.
Em relação às
exportações de cafés diferenciados, aqueles que têm qualidade superior
ou algum tipo de certificado, o volume embarcado no mês passado foi de
359.250 sacas. Já no acumulado dos três primeiros trimestres, este tipo
da commodity representou 18.6% dos embarques, com um total de 4,4
milhões de sacas, alcançando preços médios de US$ 189,95.
Os
principais destinos do café exportado pelo Brasil são os Estados
Unidos, com 4,6 milhões de sacas no período de janeiro a setembro, a
Alemanha, com 4,2 milhões de sacas, a Itália, que adquiriu 1,9 milhão de
sacas, e o Japão, que foi responsável pela compra de 1,7 milhão de
sacas. No acumulado dos três primeiros trimestres, 120 países consumiram
o café brasileiro.
Os 10
maiores países importadores de cafés diferenciados brasileiros
responderam por 81,3% dos embarques. Os Estados Unidos são responsáveis
por 21% dessas exportações, o equivalente a 910.037 sacas. O Japão
aparece em segundo lugar, com 14%, 628.692 sacas, seguido pela Alemanha
com 12%, 519.434 sacas.
As vendas da indústria nacional de máquinas e equipamentos no
acumulado do ano, até setembro, somaram R$ 50,164 bilhões. O resultado é
27,8% menor que o registrado no mesmo período de 2015. Em setembro, as
vendas no setor totalizaram R$ 5,507 bilhões, 3,1% a menos que em
agosto, e 19,2% inferior ao resultado de setembro de 2015. Os dados
foram divulgados hoje (26) pela Associação Brasileira de Máquinas e
Equipamentos (Abimaq).
As exportações do setor atingiram R$ 5,9 bilhões no acumulado do ano, alta de 1% em relação ao mesmo período de 2015. Em setembro, foram exportados R$ 612,9 milhões em máquinas e equipamentos nacionais, queda de 11,9% no comparativo a agosto, e retração de 10% em relação a setembro do ano passado.
Já as importações chegaram a R$ 12, 135 bilhões no acumulado de janeiro a setembro, queda de 18,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Apenas em setembro, as importações foram de R$ 1 bilhão, 16,5% menos que em agosto, e 23% inferiores ao registrado no mesmo mês de 2015.
O setor empregava, em setembro, 306 mil pessoas, 0,2% a menos que em agosto, e 5,9% menos que no mesmo mês do ano passado. As vendas da indústria nacional de máquinas e equipamentos no acumulado do ano, até setembro, somaram R$ 50,164 bilhões. O resultado é 27,8% menor que o registrado no mesmo período de 2015. Os dados foram divulgados pela Abimaq.
O grupo ID
Logistics, presente em 16 países da Europa, América Latina, Ásia e África e que
gerencia 275 sites de empresas de vários setores, passa a adotar a solução de
gerenciamento WMS Manhattan. Inicialmente, ela será usada para os clientes do
setor farmacêutico, aproveitando a expertise da Manhattan na área, mas a
utilização da nova ferramenta deverá se estender a outros setores e regiões de
atuação da ID Logistics. De acordo
com Christophe Satin, Diretor de Operações da ID Logistics, “acima de tudo, o
nosso principal objetivo é maximizar os níveis de serviço para os nossos
clientes através da implantação de soluções dedicadas, inovadoras e de alto
desempenho. Para cumprir este objetivo e continuar o desenvolvimento da
empresa, reconhecemos a necessidade estratégica de adotar soluções sofisticadas
para serem implantadas em operações mais complexas”. A ID
Logistics baseou a sua decisão no perfil inovador da Manhattan para atender às
crescentes necessidades dos clientes. Também pesou na escolha a experiência de
26 anos da empresa que possui clientes de vários setores da indústria em todo o
mundo. Além disso, a operadora reconhece a capacidade comprovada das soluções
da Manhattan para gerir as mais complexas cadeias de suprimentos, com destaque
para a tecnologia avançada da ferramenta. Segundo
Rémy Malchirand, diretor da Manhattan Associates França, “a ID Logistics e a
Manhattan Associates compartilham valores fundamentais, incluindo o compromisso
de inovação contínua e de dedicação à excelência do serviço. Estamos
honrados em sermos escolhidos por este provedor líder de serviços de logística.
Ambos, ID Logistics e seus clientes podem confiar de que a equipe de Manhattan
e as suas soluções, em constante evolução, irão introduzir recursos que
ajudarão a construir a fidelidade à marca, gerar receitas e aumentar as margens
operacionais”.