quinta-feira, 13 de outubro de 2016

JCC Cargo Watchlist denuncia elevado risco para o roubo de carga em rodovias do Brasil

          O analista em seguros internacionais Aparecido Rocha Mendes afirma que as rodovias BR-116 Curitiba-São Paulo, SP-330 Uberaba-Santos, BR 116 Rio de Janeiro-São Paulo e BR 050 Brasília-Santos foram avaliadas como de elevado risco para o roubo de carga (very right 3.4) pela JCC Cargo Watchlist. A publicação britânica divulga mensalmente um relatório produzido por um comitê misto formado por representantes de subscrição do mercado de Londres, que monitora riscos para cargas transportadas por via aérea, marítima e terrestre em todo o mundo.
          Segundo Mendes, o documento apresenta uma lista com o grau de risco de cada país, para as coberturas adicionais de guerra e greves, pirataria e roubo no seguro de transporte internacional. A versão 139 do JCC, atualizada em 07 de outubro de 2016, além dei ncluir o Brasil na avaliação para o risco de roubo de carga em algumas rodovias brasileiras, descreve que o roubo de carga é uma das principais atividades do crime organizado no Brasil, que é auxiliado por um mercado negro bem estruturado para a receptação de bens roubados, em alguns casos incluindo redes varejistas.
         De acordo com dados da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística, em 2015 foram 19,2 mil eventos de roubo com prejuízo estimado de R$ 1,12 bilhão. A região sudeste concentrou 85,76% dos casos, principalmente em São Paulo (44,11%) e Rio de Janeiro (37,54%), Neste ano, o número continua crescente, de janeiro a agosto, somente em São Paulo já foram registrados mais de seis mil casos de roubos de cargas, com um forte aumento em ocorrências nos pequenos centros urbanos, conforme informação da Secretária Estadual de Segurança Pública.
         Esse cenário, diz o analista, assusta as seguradoras que trabalham com seguros de transportes, e sem uma política rigorosa de avaliação e gerenciamento de riscos, implantação do Registro Nacional de Sinistros (RNS) com adesão de todas as seguradoras, e precificação condizente aos seguros propostos, certamente levará algumas delas a deixarem de operar com essa modalidade de seguro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário