quarta-feira, 31 de julho de 2024

Wilson Sons implementa novo sistema de automação de caís no Tecon Rio Grande


A Wilson Sons, maior operador de logística portuária e marítima do mercado brasileiro, investe R$ 9 milhões no Tecon Rio Grande, em uma nova tecnologia para operação de navios. Em julho deste ano, o terminal passa a contar com uma solução que utiliza IA (Inteligência Artificial) e tecnologia OCR – Optical Character Recognition (Reconhecimento Óptico de Símbolos, em português) nas operações, semelhante ao já utilizado na operação gate, que foi implementado na operação de navios, no embarque e desembarque de contêineres.

O investimento ratifica a posição do Tecon Rio Grande como o terminal mais automatizado do Brasil, agora contando com os novos benefícios promovidos pela instalação da IA + OCR. Entre os ganhos, estão a identificação e registro automáticos de contêineres e caminhões internos (terminal tractors), deixando de ser necessária a entrada manual de dados, garantindo ainda mais acurácia dos dados e aumentando a produtividade das operações.

Outra vantagem é o processamento de dados em tempo real, que promove uma maior precisão das informações, contribuindo para um ganho de produtividade na operação navio. “A solução também captura de forma automática a presença do lacre, labels de carga perigosa, avarias e outras informações relevantes para o processo operacional”, destaca Marília Estima, gerente de sistemas do Tecon Rio Grande.

Para a implementação deste sistema, foi estabelecida uma estratégia de instalação por equipamento de cais (guindaste Super Post Panamax), com operação assistida pela equipe de Operações e Sistemas, atuando em eventuais discrepâncias e evitando impactos nas operações do terminal. Este processo foi finalizado em 21 de julho e a automação do cais está em pleno funcionamento.

“Buscamos sempre aperfeiçoar nossa produtividade de forma sustentável e perene. Este é um importante investimento que proporciona eficiência e agilidade, alinhado com as demandas de nossos clientes”, destaca Giovanni Phonlor, diretor de operações do Tecon Rio Grande.

Paulo Bertinetti, diretor-presidente do Tecon Rio Grande, explica que a adoção de tecnologias como esta é fundamental no processo de consolidação do terminal como um hub operacional do Cone Sul. “No momento em que melhoramos processos e implementamos evoluções, avançamos cada vez mais para nos consolidarmos como uma referência na região, sendo a principal e mais qualificada alternativa portuária e logística do Cone Sul para o mundo todo”, observa.

A implantação do novo sistema faz parte de uma série de investimentos em tecnologia no Tecon Rio Grande, que recentemente inaugurou o Centro de Operação do Terminal, ação estratégica que cria uma célula de inteligência operacional para, a partir de análise de dados, promover planejamento operacional mais eficiente. A proposta é aumentar a eficiência e a atualização da área de operações, além de favorecer uma governança unificada de todos os sistemas e promover maior produtividade, resultando em uma melhor entrega das operações de pátio e navio. Outra é a criação do Centro de Controle de Manutenção, ferramenta de monitoramento em tempo real dos ativos, utilizando tecnologias como Internet das Coisas e aumentando a visibilidade de dados para a tomada de decisão.

O Tecon Rio Grande é a principal via de acesso do Rio Grande do Sul para o Brasil e o mundo, tornando-se, ao longo de seus 27 anos de operação, fundamental para o desenvolvimento econômico do Estado. Atualmente, conta com mais de 3 mil clientes, entre importadores e exportadores, e recebe as principais linhas que escalam o Brasil, oferecendo serviços semanais para todos os trades a partir de 13 clientes armadores. Com localização estratégica, o Tecon Rio Grande tem a capacidade de operar 1,4 milhão de TEU e receber embarcações New Panamax com seus 900 m de cais, produtividade, uso de tecnologia e automação, posicionando o ativo como a melhor alternativa para transbordo do Cone Sul.

 

 

Supernavio de 366 metros de comprimento atraca em Suape pela primeira vez

Mais um recorde histórico é registrado pelo Porto de Suape. O gigante do mar MSC Orion, porta-contêiner de classe mundial New Panamax, com 366 metros de comprimento, 51 metros de largura e 16 metros de calado, é o maior navio já recebido pelo atracadouro pernambucano, o sexto porto público mais movimentado do Brasil. A manobra de atracação ocorreu no Terminal de Contêineres (Tecon Suape), nessa semana.

“A chegada do MSC Orion a Suape reforça a importância estratégica do porto para o nosso país, contribuindo para a viabilização de rotas diretas entre o Nordeste e os países asiáticos via Canal do Panamá. São linhas que vão nos conectar a importantes complexos portuários, a exemplo dos portos chineses e de Singapura, possibilitando maior competitividade aos exportadores e importadores que atuam entre os dois continentes”, comemora o diretor-presidente do Porto de Suape, Marcio Guiot.

“Hoje, alcançamos mais um recorde em 45 anos de história, ganhando destaque no país e no exterior”, pontua o diretor de Desenvolvimento e Gestão Portuária, Rinaldo Lira, acrescentando que a dragagem do canal externo (já concluída), do canal interno e da bacia de evolução (obras começam nas próximas semanas, com prazo de sete meses para conclusão) vão atrair ainda mais navios de grande porte com capacidade máxima de carga.

As últimas escalas do MSC Orion ocorreram no Porto de Caucedo, na República Dominicana (Caribe), e no Porto de Salvador (BA), respectivamente. A embarcação, de bandeira portuguesa, começou a transportar carga conteinerizada em 2020. Antes da atracação do MSC Orion, o maior navio aportado em Suape foi o APL Dublin, de bandeira de Singapura. A atracação ocorreu em 11 de março de 2023 e a embarcação permaneceu no porto até o dia 13.

Pertencente à empresa CMA CGM, o porta-contêiner de classe mundial tem 347,29 metros e largura de 45,28 metros, com calado máximo de 15,5 metros e capacidade para transportar 10.700 TEUs (unidade de contêiner de 20 pés). Na operação, foram movimentados mais de 1.500 contêineres. Na época, o navio partiu de Suape com destino ao Porto de Santos, no litoral paulista.

Em julho de 2022, o atracadouro pernambucano, caracterizado por ser um porto abrigado de águas profundas, recebeu o navio MSC New Haven, com 333,9 metros e capacidade para 8.084 TEUs. A chegada dos gigantes do mar a Suape foi autorizada pela Portaria 037/2021, publicada no Diário Oficial de Pernambuco em 13 de abril de 2021, com aval da Marinha do Brasil.

 

Cosco faz acordo com a Fortescue para criar cadeia de abastecimento de comustível verde


A Cosco Shipping assinou um acordo preliminar com a empresa australiana Fortescue para construir conjuntamente uma cadeia de abastecimento de combustível verde que ajudará a reduzir a poluição da indústria naval. O memorando de entendimento inclui a exploração da construção e implantação de navios verdes movidos a amônia, de propriedade da Cosco Shipping ou de propriedade conjunta de ambas as empresas, para transportar minério de ferro e outros minerais para reduzir as emissões de carbono no corredor ecológico de transporte de minério de ferro entre a China e a Austrália.

“Estamos empenhados em aumentar a cooperação com parceiros globais para promover ativamente o desenvolvimento verde e sustentável na indústria naval ao longo do seu ciclo de vida”, afirmou a Cosco Shipping num comunicado. "A cooperação marca outro passo importante na descarbonização da indústria naval. Essas soluções serão críticas para atingir nossa meta de emissões líquidas zero do Escopo 3 até 2040", disse Fortescue, o quarto maior fornecedor mundial de minério de ferro, segundo a citação na declaração.

Os executivos da empresa estiveram na China nas últimas semanas conversando com potenciais parceiros para projetos conjuntos, disse anteriormente o CEO da Fortescue, Dino Otranto. A Fortescue realizou o primeiro teste do mundo usando amônia como combustível no transporte marítimo no porto de Cingapura, informou a Reuters em março

Balança comercial registra superávit de US$ 1,5 bilhão na 4ª semana de julho

Na 4ª semana de julho de 2024, a balança comercial registrou superávit de US$ 1,5 bilhão e corrente de comércio de US$ 11,8 bilhões, resultado de exportações no valor de US$ 6,7 bilhões e importações de US$ 5,2 bilhões. Os resultados foram divulgados nesta segunda-feira (29/7), pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex/MDIC). No mês, as exportações somam US$ 27,2 bilhões e as importações US$ 20,5 bilhões, com saldo positivo de US$ 6,7 bilhões e corrente de comércio de US$ 47,7 bilhões.

No ano, as exportações totalizam US$ 194,8 bilhões e as importações, US$ 145,8 bilhões, com saldo positivo de US$ 49 bilhões e corrente de comércio de US$ 340,6 bilhões. Nas exportações, comparadas as médias até a 4ª semana de julho/2024 (US$ 1,360 bi) com a de julho/2023 (US$ 1,348 bi), houve crescimento de 0,9%. Em relação às importações, houve crescimento de 6,7% na comparação entre as médias até a 4ª semana de julho/2024 (US$ 1,023 bi) com a do mês de julho/2023 (US$ 958,1 milhões).

Assim, até a 4ª semana de julho/2024, a média diária da corrente de comércio totalizou US$ 2,383 bi e o saldo, também por média diária, foi de US$ 337,07 milhões. Comparando-se este período com a média de julho/2023, houve crescimento de 3,3% na corrente de comércio.

No acumulado até a 4ª semana do mês de julho/2024, comparando com igual mês do ano anterior, o desempenho dos setores pela média diária foi o seguinte: crescimento de US$ 2,27 milhões (0,7%) em Agropecuária; de US$ 3,69 milhões (1,2%) em Indústria Extrativa; e de US$ 6,68 milhões (0,9%) em produtos da Indústria de Transformação.

No acumulado até a 4ª semana do mês de julho/2024, comparando com igual mês do ano anterior, o desempenho dos setores pela média diária foi o seguinte: crescimento de US$ 4,22 milhões (24,9%) em Agropecuária; queda de US$ 6,23 milhões (-9,1%) em Indústria Extrativa; e crescimento de US$ 67,12 milhões (7,8%) em produtos da Indústria de Transformação.

 

terça-feira, 30 de julho de 2024

Um quinto da capacidade da frota mundial de navios poderá usar combustível alternativo até 2030


O investimento em combustíveis alternativos manteve o crescimento no primeiro semestre de 2024, representando cerca de um terço de todas as encomendas de construção naval e 41% da capacidade solicitada. Os números foram divugados pela Clarksons Research recentemente no seu último relatório mostrando o progresso da adoção de combustíveis alternativos e investimentos em tecnologias de poupança de energia em toda a frota marítima global.

As encomendas registradas incluem navios capazes de utilizar GNL (109, 51 excluindo metano), metanol (49), amoníaco (15), GPL (42) e hidrogênio (4). Excluindo os navios transportadores de GNL, a proporção relativa da tonelagem capaz de utilizar GNL aumentou em relação à tonelagem em condiçõs de usar metanol no primeiro semestre do ano, em comparação com os níveis do mesmo período de 2023.

Embora o primeiro semestre represente um declínio na percentagem de encomendas de navios movidos a combustíveis alternativos em relação ao pico de 2022 (quota de 54% da capacidade encomendada), reflete em parte uma mudança no mix de encomendas de construção por tipo de navio que inclui, para o momento, menores volumes confirmados de pedidos de navios porta-contêineres.

No entanto, com o foco na futura “opcionalidade”, as encomendas que envolvem o estado “pronto para” (serem alimentadas por um determinado combustível alternativo) aumentaram para cerca de um quinto de todas as encomendas (169 encomendas, equivalentes a 22% da capacidade encomendada). Com a carteira de pedidos confirmada (50% da capacidade atualmente encomendada é de combustível alternativo) e o investimento projetado nos próximos anos, a previsão é de que mais de um quinto de toda a capacidade da frota será capaz de utilizar combustíveis alternativos até 2030.

Ao mesmo tempo, os investimentos em infraestruturas portuárias e a disponibilidade de combustíveis “verdes” continuam a ficar para trás, de acordo com Steve Gordon, diretor global da Clarksons Research: “o nosso Green Technology Tracker conta 273 portos com fornecimento de GNL e 251 portos com ligação à rede elétrica onshore, ou planejado, mas existem apenas 29 portos com fornecimento de metanol disponível e planejado”, detalha.

Numa frota envelhecida (12,8 anos numa base ponderada por arqueação bruta, acima dos 9,7 anos em 2013), mais de 30% da capacidade da frota do ano passado foi classificada como D ou E de acordo com o CII, e longos prazos de entrega para os próximos entregas (3,5 anos) nos principais estaleiros, indicam que a modernização das tecnologias de poupança de energia (EST) continua a ser uma parte crucial do caminho para a descarbonização do transporte marítimo.

Até o momento, tecnologias de economia de energia (EST) foram instaladas em mais de 8.713 embarcações, representando 33,5% da capacidade da frota: isso inclui dutos de hélice, bulbos de leme, rotores Flettner, pipas eólicas, sistemas de lubrificação de ar e outros (>493 embarcações com sistema de lubrificação a ar e >116 unidades que incluem assistência "vento" na frota e carteira de pedidos).

A Clarksons Researsch também inclui 31 embarcações da frota (mais 28 recém-construídas) testando tecnologia de captura de carbono a bordo. O relatório estima que as emissões globais de GEE provenientes do transporte marítimo aumentarão cerca de 3% em 2024, atingindo 1.046 milhões de toneladas de CO2e numa base WTW e excederão os níveis no início da pandemia de Covid-19, com uma maior proporção de tempo no mar (assumindo que os desvios no Mar Vermelho continuem), com alguns aumentos de velocidade (especialmente no setor dos contêineres), embora se preveja que a tendência subjacente a longo prazo de diminuição da velocidade continue e que o aumento do comércio mais do que compense a proporção crescente de navios movidos a combustíveis alternativos, embarcações “verdes” e capacidade EST. (imagem de navio movido a metanol verde)

Antaq e Infra assinam Acordo de Cooperação Técnica para o desenvolvimento da hidrovia e setor portuário

A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) e a Infra S.A assinaram, nessa semana, Acordo de Cooperação Técnica (ACT) por quatro anos. O objetivo é fazer intercâmbio de conhecimentos e experiências e a conjugação de esforços entre as partes para o desenvolvimento de levantamentos, ferramentas de simulação e estudos relacionados aos custos, receitas e investimentos na operação portuária e hidroviária nacional.

As informações coletadas, produzidas e compartilhadas no âmbito do ACT vão servir de subsídio para que a ANTAQ e a Infra S.A. desenvolvam planos, estudos e análises setoriais, bem como à estruturação e avaliação de projetos hidroviários e portuários. O diretor-geral da ANTAQ, Eduardo Nery, pontuou que “para a Agência é muito claro que o ACT vai trazer somente benefícios” e completou elogiando os estudos que são feitos pela Infra S.A para o setor aquaviário.

A ANTAQ é uma parceira de primeira ordem da Infra S.A. É fundamental esse trabalho em conjunto que a gente tem feito. Além disso, é gratificante ver que os projetos que saem aqui da Agência têm tido sucesso absoluto”, destacou o diretor-presidente da Infra S.A., Jorge Bastos. O interesse em firmar esse ACT foi uma ideia proveniente de outro acordo que vigorou entre a Agência e a então Empresa de Planejamento e Logística (EPL) - Infra S.A. -, entre 2016 a 2021, que tinha como finalidade desenvolver o Plano Nacional de Logística Integrada. 

Esse tipo de acordo é um instrumento essencial para o alcance de objetivos de interesse público. Com ele, é possível unir esforços e compartilhar dados, informações, conhecimentos e experiências no desenvolvimento de estudos, ferramentas e/ou outros produtos que subsidiem a construção de políticas públicas que tragam resultados efetivos para a sociedade. Estavam presentes na reunião a Diretoria Colegiada da ANTAQ, o diretor-presidente da Infra S.A. Jorge Bastos, e outros representantes da empresa pública.

 

Diretor da Codeba viaja a Minas Gerais para prospectar cargas daquele Estado para o Porto de Ilhéus

O diretor Empresarial e de Relação com o Mercado da Autoridade Portuária da Bahia - CODEBA, José Demétrius Moura, cumpriu agenda estratégica em Minas Gerais na última semana. A viagem objetivou atrair novos negócios, especialmente para o Porto de Ilhéus. O executivo participou do GRI Club sobre Mineração, onde dialogou com players do setor do estado.

O diretor da CODEBA também se reuniu com o subsecretário da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, Frederico Amaral e o diretor de Atração de Investimentos do Invest Minas, Ronaldo Barquette, onde apresentou o Porto de Ilhéus como uma alternativa viável para as operações logísticas do norte de Minas Gerais.

A CODEBA já opera com cargas oriundas dessa região, como o lítio, reforçando a capacidade e a eficiência do Porto em atender às demandas do setor mineral. Com essas ações, a Autoridade Portuária busca expandir suas operações e fortalecer a economia regional, oferecendo soluções logísticas eficientes e seguras para os empresários do setor mineral.

 

Governo da Costa Rica abre mercado para importação de equinos vivos do Brasil

O governo brasileiro recebeu o anúncio das autoridades da Costa Rica, da autorização para que o Brasil exporte equinos vivos àquele país. Esta nova abertura deverá contribuir para o aumento do fluxo comercial entre os dois países, refletindo a confiança internacional no sistema de controle sanitário do Brasil.

A Costa Rica é importante destino para produtos agrícolas brasileiros. Os principais itens exportados são cereais, farinhas e preparações, produtos florestais e produtos do complexo soja. Em 2023, as exportações agrícolas do Brasil para esse mercado alcançaram US$ 272 milhões. No primeiro semestre de 2024, chegaram a US$ 153 milhões.

Em fevereiro, o Brasil também abriu mercado na Costa Rica para exportação de produtos à base de células-tronco de cães, gatos e equinos, com fins terapêuticos. Com este anúncio, o agro brasileiro alcança sua 86ª abertura de mercado em 2024, totalizando 164 aberturas em 54 países desde o início de 2023.

 

segunda-feira, 29 de julho de 2024

Governo do Panamá discute medidas para garantir frota de navios mercantes com bandeira do país


O administrador designado da Autoridade Marítima do Panamá (AMP), Luis Alberto Roquebert e sua equipe de trabalho e o engenheiro Alberto Alemán, assessor presidencial em questões marítimas e desenvolvimento logístico, reuniram-se para alinhar as estratégias e prioridades da Autoridade Marítima do Panamá (AMP ). Eles discutiram a nova administração e o posicionamento do país como um importante centro marítimo em nível mundial, promovendo assim o crescimento empresarial, a geração de valor, o desenvolvimento social, a competitividade global e a sua sustentabilidade ambiental para o Panamá.

Nesse sentido, um ponto chave discutido por Roquebert e Alemán foi a importância de conhecer os concorrentes do Panamá, dada a significativa concorrência que o país enfrenta no mercado de sinalização de navios. Da mesma forma, concordaram com a grande oportunidade que representa a estreita comunicação entre o Panamá e a Organização Marítima Internacional (IMO). Além disso, mencionaram como elementos-chave o atendimento ao cliente com uma sólida proposta de valor e a implementação de sistemas automatizados com tecnologia de ponta, que permitem otimizar processos, melhorar a rastreabilidade das cargas e oferecer serviços inovadores são pontos críticos no desenvolvimento da empresa.

A unificação visa atrair novos investimentos e consolidar a posição do Panamá como um centro de referência internacional em termos de segurança jurídica, disse Marta Aparicio, diretora do Regisrto Público de Propriedade de Navios, que atualmente mostra uma frota de mais de 8.600 navios, o que significa um volume superior a 247,7 milhões de toneladas de arqueação bruta, segundo índice da plataforma internacional IHS Markit.

Além disso, de acordo com o último relatório “World Fleet Monitor” publicado pela Clarkson Research, o Panamá detém 15% da tonelagem mundial. Ambos os responsáveis ​​discutiram também a promoção do conglomerado logístico no Atlântico e no Pacífico e a integração multimodal, tudo com a ajuda de uma equipe altamente qualificada para enfrentar os desafios deste setor e a transparência financeira exigida pela sociedade. A reunião também abordou o papel que o conselho de administração desempenha no sucesso e na sustentabilidade da instituição: a sua responsabilidade vai além da supervisão financeira, estende-se à tomada de decisões estratégicas, gestão de riscos, prestação de contas e geração de valor para o país.

Antaq aprova estudo sobre descarbonização portuária em parceria com empresa alemã

A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) aprovou o estudo “Diagnóstico de Descarbonização, Infraestrutura e aplicações do Hidrogênio nos Portos”, feito em parceria com o Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) e com a Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ). 

O levantamento teve como objetivo verificar como as infraestruturas portuárias brasileiras estão se preparando para o recebimento de embarcações com combustível verde, produção de energia eólica, eletrificação de equipamentos portuários e sistemas Onshore Power Supply (OPS).

Durante a discussão do processo, a Diretoria Colegiada ressaltou a relevância desse estudo para o setor. Para todos os diretores, o entendimento de como os portos estão se preparando para a transição energética e para a descarbonização vai permitir um avanço nessas pautas.

Com esse diagnóstico será possível estabelecer orientações e diretrizes para reduzir as emissões de gases de efeito estufa por navios em portos e viabilizar a descarbonização da infraestrutura portuária e dos serviços portuários prestados. 

Tendo em vista o compromisso da ANTAQ com o meio ambiente, essa entrega faz parte de um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) assinado com a GIZ em setembro de 2023 para promover a descarbonização no setor. Esse é o segundo de três eixos definidos.

Ações integradas

O estudo concluiu que a descarbonização do setor portuário exige que sejam feitas ações integradas para atingir uma redução significativa das emissões. Com o diagnóstico, será possível ter um direcionamento de medidas a serem adotadas pelas instalações portuárias e pelo setor.

O levantamento foi realizado no âmbito do Programa Internacional de Hidrogênio H2Uppp, que é financiado pelo Ministério da Economia e Ação Climática da Alemanha. 

O projeto alemão busca identificar, preparar e acompanhar a implementação de projetos para a produção e uso de aplicações de hidrogênio verde e derivados, bem como aumentar a conscientização e transferir conhecimentos para o desenvolvimento de projetos. 

O voto do diretor relator da matéria, Caio Farias, determina o envio da cópia dos produtos aprovados aos ministérios dos Portos e Aeroportos e de Minas e Energia; e a publicação dos estudos no site da ANTAQ.

Acordo de cooperação

O ACT firmado com a GIZ prevê que esse projeto seja dividido em três eixos. O Eixo 1, que foi finalizado em 2021, tratou da revisão da experiência internacional, análise de documentos, artigos técnicos e científicos e estudos sobre transição energética e descarbonização no transporte marítimo e nos portos.

O Eixo 2, que foi aprovado nessa reunião de diretoria, fez um diagnóstico da descarbonização nos portos. Por fim, o terceiro eixo, que será conduzido pela ANTAQ, vai apresentar um estudo de caso por meio de levantamento de campo e entrevista semiestruturada com portos e entidades do setor portuário.

 

Brasil e Coréia do Sul fecham acordos para identificar novas oportunidades de comércio e investimentos

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, participou, nessa semana, no Rio de Janeiro, de três agendas com autoridades e empresários coreanos para a identificação de novas oportunidades de comércio e investimentos bilaterais. Ele se reuniu com o vice-primeiro-ministro e ministro de Economia e Finanças da República da Coreia, Choi Sang-mok, quando ambos reforçaram o interesse mútuo na ampliação da cooperação entre os países.    

Em seguida, ao abrir o Fórum de Comércio e Inovação Coreia do Sul – América Latina, promovido pelo BID (Banco Interamericano de Investimentos) e pelo Ministério da Economia e Finanças da República da Coreia, o vice-presidente brasileiro elencou setores estratégicos que se traduzem em  oportunidades para os coreanos, como as áreas de tecnologia, de energia renovável, o complexo industrial da saúde e aeronáutica. “Esse encontro vai estimular ainda mais nosso comércio exterior, nossa complementariedade econômica e, de outro lado, investimentos recíprocos”, pontuou Alckmin.

Ele destacou o compromisso dos dois países com a democracia e com o meio ambiente, e ressaltou o bom momento do país, com a queda do risco país, da inflação e do desemprego, e a aprovação da reforma tributária, que vai desonerar investimentos para exportação, estimulando a economia. Após o fórum, o ministro participou de uma reunião com empresários coreanos e o presidente do BID, Ilan Goldfajn, quando voltou a apontar áreas em que a cooperação bilateral pode se expandir. 

Uallace Moreira, secretário de Desenvolvimento Industrial do MDIC, acompanhou o encontro e destacou aos empresários as prioridades da Nova Indústria Brasil e os recursos de R$ 66 bilhões para projetos de inovação.  “O governo brasileiro tem criado todos os meios para que mais empresas possam se beneficiar e investir na produção e no desenvolvimento de tecnologia  no Brasil", afirmou o secretário.

Dinamismo comercial

Um relatório apresentado pelo BID durante o fórum aponta que as relações comerciais entre Coreia do Sul e a América Latina e o Caribe mostram grande dinamismo, com comércio recorde de bens, altos níveis de investimento sul-coreano na região e potencial para crescer ainda mais.  O relatório afirma que o comércio entre o país asiático e o Brasil, onde vivem 50 mil coreanos, chegou a US$ 10 bilhões em 2023.

Ainda de acordo com a publicação "Coreia do Sul e América Latina e Caribe: Avançando Juntos em um Mundo em Evolução", o país asiático e a região têm a oportunidade de aprofundar suas relações econômicas e comerciais ao aumentar a resiliência das cadeias de valor, melhorar a segurança alimentar, promover uma transição energética fluida e rápida e disseminar os benefícios da transformação digital.

O banco também apresentou o BID for the Americas, programa que busca promover oportunidades de negócios e fortalecer os laços econômicos entre os países membros não mutuários do BID e a América Latina e Caribe. “O programa servirá como uma ponte para que empresas sul-coreanas tenham acesso a oportunidades de negócios na região. Com base em uma plataforma de última geração, nosso programa busca conectar empresas coreanas com oportunidades de aquisição, comércio e investimento e cofinanciamento", explicou Ilan Goldfajn, presidente do BID.

Projetos de infraestrutura 

O BID anunciou ainda, em parceria com o Banco Export-Import da Coreia (Exim Bank) um acordo para ampliar o cofinanciamento de empréstimos soberanos garantidos por investimentos. Pelo acordo, o Exim Bank da Coreia disponibilizará US$ 300 milhões adicionais em cofinanciamento nos próximos três anos para infraestrutura em áreas como energia, transporte e tecnologia da informação e comunicação na América Latina e no Caribe.

 

Porto do Itaqui começa obras que permitirão atracação de navios de grande porte

O Porto de Itaqui, no Maranhão, iniciou esta semana as obras do berço 98 com a colocação de sua primeira cobertura metálica. Com investimento de aproximadamente US$ 50 milhões, o berço 98 terá profundidade de até 18 metros e dimensões de 320 metros de comprimento por 40 metros de largura.

Essas características permitirão a atracação de navios de grande porte e aumentarão a capacidade de exportação do terminal em mais de 8 milhões de toneladas anuais. O volume de negócios anual do complexo deverá crescer cerca de 20% com esta expansão.

O presidente do Porto do Itaqui,  Gilberto Lins, destacou a importância estratégica do berço 98 para o desenvolvimento econômico do Maranhão. “Com este projeto consolidaremos nossa posição como um dos principais portos do Brasil e abriremos novas oportunidades para os produtores locais. Temos o compromisso de entregar essa obra no prazo, garantindo qualidade e eficiência em todas as etapas”, acrescentou.

sexta-feira, 26 de julho de 2024

GNL deve ser combustível viável para o setor marítimo até 2035


O GNL deverá ser viável como combustível para o setor marítimo até 2035, em meio aos regulamentos do Sistema de Comércio de Emissões da UE (EU ETS) e do FuelEU Maritime (FEM), que entram em vigor, apesar do escrutínio sobre a pegada de carbono e o deslizamento de metano deste combustível, calculou a consultoria Drewry.
Nesse sentido, a decisão da Maersk de adiar as suas encomendas de navios movidos a metanol em favor do GNL impulsionou esta tendência.

De acordo com Drewry, mais de 1.100 navios movidos a GNL e 1.000 NGLC (navios-tanque) estarão em serviço até 2029, garantindo a procura marítima de GNL. A recente mudança de interesse da Maersk em relação aos navios porta-contêineres movidos a GNL, juntamente com o adiamento das suas encomendas de navios movidos a metanol, indica que as companhias marítimas estão evitando suas apostas em combustíveis alternativos para o transporte marítimo para investir em GNL.

A desaceleração na produção de metanol verde devido aos elevados custos de processamento, à falta de economias de escala e aos estrangulamentos tecnológicos levaram a Maersk a adiar uma encomenda de cerca de 15 navios movidos a metanol. Segundo relatos, a companhia marítima está em negociações com a Seaspan para construir cerca de 23 navios porta-contêineres de GNL bicombustível.

Além disso, os compromissos de fornecimento de metanol verde ao mercado até 2025 parecem excessivos, tendo em conta as persistentes barreiras económicas e tecnológicas (especificamente para a gaseificação a partir da biomassa), conduzindo a um crescimento mais lento do que o esperado. A mudança da Maersk criou um efeito borboleta na indústria, pelo que outras empresas também estão avaliando suas opções e poderão seguir o exemplo.

Estaleiros e fabricantes de motores também investiram grandes recursos em P&D desta tecnologia. Armadores também optam pelo GNL A atual carteira de encomendas indica também a crescente tração do GNL entre os armadores, uma vez que mantêm encomendas para a construção de 560 navios movidos a GNL, o que constitui 57% da frota de combustíveis alternativos, totalizando mais de 1.100 navios movidos a GNL que serão. em serviço até 2029.

Ao contrário do caso do metanol, o GNL facilmente disponível está levando os armadores a optar por ele em vez de combustíveis alternativos, uma vez que, no final, tudo se resume a custos e economia. Assim, apesar do crescente escrutínio sobre as emissões, o GNL parece ser um combustível fiável para a transição, apoiado por avanços tecnológicos, disponibilidade de combustível e preços estáveis, o que é esperado com a adição de um elevado volume incremental.

Embora o GNL por si só não possa concretizar a ambição do transporte marítimo de eliminar as emissões de carbono, desempenhará um papel crítico na redução das emissões até que outros combustíveis e tecnologias sejam desenvolvidos. Nesse sentido, os regulamentos EU ETS, que entraram em vigor em 1 de janeiro de 2024, e o WEF, que será implementado em 2025, e que visam reduzir as emissões de GEE da indústria naval, estão virando motivo de preocupação para os armadores, pois apontam para o "fluxo de metano" dos navios movidos a GNL (libertação de metano não queimado dos motores e fuga de metano durante o processo de carga/descarga).

Desta forma, estão sendo feitos esforços para minimizar o deslizamento de metano, com a decisão de modernizar o sistema de reliquefação e instalar sistemas de recirculação de gases de escape (EGR) e de redução catalítica seletiva (SCR) nos navios. A energia costeira é também um conceito de elevado potencial que pode eliminar as emissões dos navios nos portos e, ao longo do tempo, um aumento no BioGNL de baixo carbono ou no e-GNL sintético renovável no futuro reduzirá ainda mais as emissões dos navios movidos a GNL, demonstrando a sua atratividade como alternativa de combustível para enfrentar os obstáculos regulamentares, desde que os armadores possam garantir um fornecimento garantido de BioGNL e e-GNL sintético.

De acordo com a Drewry, a frota marítima de GNL passará por mudanças estruturais no final desta década, em linha com o aumento da regulamentação marítima. A carteira de encomendas atual indica que mais de 350 navios-tanque de GNL serão adicionados até 2030, dos quais 92% serão equipados com motores de dois tempos de baixa pressão (MEGA/XDF), uma vez que têm um deslizamento de metano inferior ao dos navios DFDE/TFDE.

Porto de Rio Grande movimenta 18,5 milhões de toneladas de cargas no 1º semestre

A Portos RS fechou o balanço de movimentação dos Portos do Rio grande do Sul durante os primeiros seis meses do ano. O Porto do Rio Grande movimentou 18.531.991 toneladas. O Porto de Pelotas movimentou 523.570 toneladas e o Porto de Porto de Porto Alegre outras 368.245 toneladas.

Nesse período, passaram pelas unidades 1.735 embarcações, sendo 1.417 delas em Rio Grande, 238 barcaças em Pelotas e outros 80 navios em Porto Alegre. Os graneis sólidos e as cargas gerais registraram os maiores destaques ao longo do semestre.

No cais público da capital, as cargas de fertilizantes somaram 139.021 toneladas, seguidas pelo trigo, com 132.323 toneladas, pela cevada, com 57.742 toneladas, o sebo bovino, com 25.877 toneladas, sal, com 11.605 toneladas, e as cargas gerais, com 1.677 toneladas. 

Os resultados foram impactados pelas enchentes que atingiram o estado em maio e deixaram inoperante a unidade de Porto Alegre por quase dois meses.
A unidade retomou suas operações em junho, com o descarregamento de insumos para a produção de fertilizantes vindos a bordo do navio Nord Mississipi.

Em Pelotas, as toras de madeira para a produção de celulose seguem liderando as operações e atingiram 458.266 toneladas. O clínquer, que é o cimento em sua fase bruta de fabricação, foi a segunda carga mais movimentada, alcançando 65.304 toneladas.

No Porto do Rio Grande, o crescimento foi puxado pela soja em grão, que aumentou 25.01% em relação ao mesmo período do ano passado. A celulose apresentou alta de 7.98% e foi acompanhada pelo Polietileno (6.52%), pelo cavaco de madeira (1.50%) e pelo trigo (0.65%).

A movimentação de contêineres registrou aumento de 24.73%, com 367.029 TEUs, unidade de medida correspondente a um contêiner de 20 pés. O mês mais significativo foi o de junho, quando passaram pelo complexo portuário 77.432 TEUs.

As exportações pelo Porto do Rio Grande tiveram como destino a China (3.662.249t), o Vietnã (769.457t), as Filipinas (727.843t), os Estados Unidos (279.395t) e o Irã (475.097t). Completam a lista Marrocos, França, Tailândia e Portugal, respectivamente.

Já as importações tiveram como origem a Argentina (753.791t), a China (659.495t), a Rússia (392.491t), o Marrocos (288.098t), os Estados Unidos (279.395t) e o Peru (209.944t). A lista é composta, ainda, por Canadá, Nigéria, Uruguai e Holanda, nesta ordem.

 

Paranaguá terá testes de bafômetro mais rigorosos na faixa portuária

A empresa pública Portos do Paraná tornou mais rígida a margem permitida de álcool nos testes de bafômetro aplicados na faixa portuária. A partir de agosto, os testes de etilômetro seguem a determinação nacional da lei Nº 11.705, que ficou conhecida como "lei seca”. A margem de tolerância de álcool exalado cairá de 0,3mg/l para 0,04 mg/l nos portos paranaenses.

Os testes de bafômetro, aplicados desde 2020, são feitos por meio de sorteio eletrônico e de eventos de fiscalização com trabalhadores portuários e motoristas, que acessam o cais. Dados recentes mostram o resultado das ações: de 2022 a junho de 2024, 9.339 pessoas realizaram o teste e 36 foram autuadas. Para realizar o exame, a pessoa é encaminhada para uma sala, onde deve soprar o bocal do equipamento até o aparelho emitir um aviso sonoro mostrando que o ar expelido foi o suficiente para o diagnóstico.

“O grande objetivo do teste com o etilômetro é proporcionar mais segurança, tanto para pedestres quanto condutores. A gente tem um grande fluxo de pessoas e veículos que acessam a faixa portuária, então precisamos garantir que os usuários não acessem as áreas operacionais sob efeito de álcool”, explicou o gerente de Saúde e Segurança do Trabalho da Portos do Paraná, José Sbravatti.

Diariamente, passam no cais quase dois mil trabalhadores próprios, portuários avulsos, terceirizados, funcionários das empresas operadoras e empresas que prestam serviços. “Nós também temos muitos operadores de equipamentos, como guindaste, pá carregadeira e empilhadeira, e precisamos garantir que essas pessoas acessem essas áreas operacionais livres do efeito de álcool”, enfatizou Sbravatti.

A política de consequências também ficou mais rígida. Antes o pedestre que registrava uma dosagem maior do que a permitida dependia apenas da justificativa das ações tomadas pela própria empresa contratante, para voltar a atuar. Agora o acesso do portuário é bloqueado de acordo com o resultado do exame.

Ou seja, quem se negar a fazer o teste ficará 14 dias proibido de acessar a faixa. Quem registrar entre 0,05 e 0,29 mg/l, cometerá infração grave com bloqueio por 21 dias. Já quem apresentar dose acima de 0,3, a infração será enquadrada como gravíssima e o usuário ficará bloqueado por 30 dias. A empresa também será acionada em todas as situações para se manifestar sobre.

Já os motoristas autuados serão encaminhados para a autoridade competente para responder legalmente de acordo com o a infração, além do enquadramento nas infrações que geram o bloqueio de acesso anteriormente descritas. O veículo será retido até que outro motorista habilitado e credenciado faça a sua remoção.

 

quinta-feira, 25 de julho de 2024

Importadores norte-americanos adiantam encomendas da China ante temor de elevação nas tarifas


Os retalhistas norte-americanos estão avançando encomendas para o estrangeiro, principalmente na China, num contexto de receios crescentes de novas tarifas e de preocupações geopolíticas. Nesse sentido, Paul Bingham, diretor de consultoria de transportes da S&P Global Market Intelligence, explicou que os retalhistas e fabricantes norte-americanos não querem correr o risco de perder vendas, uma vez que estão pagando um preço muito elevado, devido ao aumento das tarifas de frete em níveis não vistos desde a Covid-19, relata o WSJ.

As importações de contêineres nos portos de Seattle e Tacoma aumentaram juntas 43% ano após ano em junho e aumentaram 33% em maio. O volume de importações nos dois meses foi quase igual ao que ambos os portos observaram em setembro e outubro do ano passado, em plena época alta do transporte marítimo. Enquanto isso, nos portos vizinhos de Los Angeles e Long Beach, as cargas importadas atingiram 848.451 TEUs em junho. Isto representou um aumento de 15% em relação a maio e os maiores volumes desembarcados nos portos desde julho de 2022.

Enquanto os desembarques nos portos de Nova York e Nova Jersey em maio, último mês com números disponíveis, atingiram o nível mais alto desde setembro de 2022. Por outro lado, o crescente confronto comercial entre os EUA e a China está exacerbando a aceleração e o aumento dos volumes de carga. Matt Priest, executivo-chefe do grupo comercial Footwear Distributors and Retailers of America, disse acreditar que “ que houve um aumento na capacidade de introdução de produtos antes que novas tarifas entrem em vigor”.

Segundo ele, “os últimos anos criaram, por falta de um termo melhor, transtorno de stress pós-traumático, uma vez que o retalho enfrentou mudanças abruptas e imprevisíveis na procura dos consumidores, escassez e excesso de stocks de produtos, atrasos nos envios e taxas de frete instáveis. Uma reação natural a esses problemas é adiantar a chegada dos produtos.”