A Santos Brasil avançará a conclusão do projeto que aumenta a capacidade do Tecon Santos para 3 milhões de TEUs em cinco anos. Assim, a nova infraestrutura prevista para 2031 estará disponível a partir de 2026. O ciclo de investimentos para expansão e modernização da unidade, um dos maiores terminais de contêineres da América Latina, começou em 2019 e envolve um valor de US$ 475,1 milhões, dos quais cerca de US$ 237,5 milhões já foram investidos.
Só em 2024, serão atribuídos cerca de 76,7 milhões de dólares ao terminal, aumentando a sua capacidade dos atuais 2,4 milhões de TEU para 2,6 milhões de TEU até ao final deste ano. Entre 2026 e 2031 serão feitos investimentos em substituição de equipamentos, melhoria de fluxos, nível de serviço, descarbonização e sistemas, entre outros, mas tudo o que afeta diretamente o aumento de capacidade será realizado em 2026.
Segundo Antonio Carlos Sepúlveda, diretor-geral da Santos Brasil, a antecipação dos investimentos no Tecon Santos garantirá que a demanda do porto santista, que teve um crescimento médio de contêineres de 3,3% ao ano na última década, será atendida no próximos dez anos. “Nossa estratégia é ter sempre cerca de 200 mil TEUs de capacidade disponíveis no terminal para que exportadores e importadores tenham espaço garantido para suas cargas”, afirmou.
O projeto de expansão e modernização do Tecon Santos envolveu inicialmente obras de aprofundamento do cais e ampliação de sua extensão em 220 metros, totalizando 1.200 metros e tornando o terminal o único da América do Sul com capacidade para receber simultaneamente até três Neopanamax com 366 metros de comprimento, os maiores navios que chegam ao Brasil.
Está em curso a construção de um novo pátio de armazenamento de contentores, que inclui a demolição dos actuais edifícios administrativos e aguarda-se a transferência da subestação de energia e balanças e será construído um novo prédio administrativo próximo à entrada da instalação. Além disso, para ampliar o uso de equipamentos elétricos, estão sendo realizadas obras de eletrificação do pátio e aumento do número de tomadas para contêineres refrigerados, que chegará a 3 mil unidades.
Entre os equipamentos, destaca-se a aquisição de dois guindastes portuários e oito e-RTG, dois movimentadores de contêineres vazios, 50 reboques e 50 caminhões-trator. Tudo já em operação. Além disso, outros oito e-RTGs e dois guindastes portuários estão em fase de aquisição. Assim como os já adquiridos, são de última geração e com baixas emissões; Serão operados remotamente, a partir de uma sala de controle, o que proporcionará maior segurança e conforto aos seus operadores, além de maior precisão na operação.
A formação do pessoal que irá gerir o e-RTG terá início em agosto. Empilhadeiras elétricas e coletores de dados por radiofrequência (RFID) também serão utilizados para ampliar a capacidade e aumentar a precisão na gestão de estoques. Também fazem parte da lista caminhões e ônibus de circulação interna movidos a Veículos a Gás Natural (GNV) e painéis de energia solar, que fazem parte do plano do porto para atingir a neutralidade carbônica de suas operações até 2040.
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