quinta-feira, 18 de julho de 2024

Brasil será o primeiro país a receber a parceria do Acelerador de Transição Industrial

O Brasil será o primeiro país a receber a parceria do Acelerador de Transição Industrial (ITA, conforme sigla em inglês). A parceria foi anunciada nesta semana pelo secretário de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Rodrigo Rollemberg, e a diretora-executiva do Acelerador de Transição Industrial e CEO da Mission Possible Partnership (MPP), Faustine Delasalle. O programa ITA Brasil irá aprimorar projetos com foco na descarbonização da indústria com rumo às decisões finais de investimento (FIDs) até a COP30.

O programa irá auxiliar no aprimoramento dos portfólios de projetos industriais verdes do país, abordando as necessidades em políticas regulatórias, criando cadeias de valor de baixas emissões, estimulando a demanda por produtos verdes e identificando mecanismos para reduzir o risco do investimento nos projetos. O Programa ITA Brasil também trabalhará com a Plataforma de Transição Climática do Brasil, que está sendo desenvolvida pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Glasgow Financial Alliance for Net Zero (GFANZ), para financiar projetos alinhados aos planos de transição climática do governo.

Para fazer o mapeamento dos principais gargalos enfrentados, se inicia nesta quarta-feira (17), o prazo para que os desenvolvedores apresentem as principais barreiras para os avanços dos projetos. Em parceria com o Hub de Descarbonização Industrial Brasil-Reino Unido (ID Hub), a convocação para manifestações de interesse também tem o objetivo de identificar os projetos para setores com altas emissões e que tenham o potencial de descarbonização profunda em grande escala, que empreguem tecnologias inovadoras e que estejam se aproximando da maturidade comercial. O prazo para contribuições irá até setembro. Clique aqui e contribua.

A parceria entre o ITA e o MDIC apoiará a agenda sustentável do Brasil. “Com nosso Plano de Transição Ecológica e o Nova Indústria Brasil, estamos no caminho certo para nos tornarmos a economia industrial verde líder na América Latina e uma força global para a descarbonização", afirmou o secretário. “Com a ajuda do ITA, poderemos identificar e apoiar projetos que levarão à descarbonização em nossos setores de alta emissão, proporcionando acesso ao investimento privado e fomentando a indústria e garantindo a posição do Brasil como líder na transição global para energia limpa”, completou Rollemberg.

"Tendo em vista o grande potencial para descarbonizar os setores de indústria pesada e de transporte do Brasil e aproveitar as novas oportunidades econômicas proporcionadas pela transição industrial, o ITA tem o prazer de fazer parceria com o governo brasileiro para acelerar seu portfólio emergente de projetos industriais verdes", afirmou Faustine Delasalle. "O ITA se concentrará em apoiar empresas brasileiras e internacionais, conectando-as a financiadores e aproveitando os recentes desenvolvimentos de políticas no Brasil, para que seus projetos de descarbonização profunda avancem para a decisões finais de investimento nos próximos dois anos", finalizou.

Sobre o Acelerador da Transição Industrial


O Acelerador da Transição Industrial (ITA) é uma iniciativa global de múltiplas partes interessadas para avançar com a descarbonização dos setores industriais e de transporte, responsáveis por altas emissões. Lançado em dezembro de 2023, durante a Cúpula Mundial de Ação Climática da COP28, pela Presidência da COP28, a ONU Mudanças Climáticas, e a Bloomberg Philanthropies, o ITA reúne líderes globais de todos os setores, instituições financeiras e governos para liberar investimentos em grande escala para a rápida implantação de soluções de descarbonização. O ITA é financiado pela Bloomberg Philanthropies e pelos Emirados Árabes Unidos.

O Secretariado do ITA é organizado pela Mission Possible Partnership (MPP). Em três anos, o ITA pretende aumentar significativamente o número de projetos industriais limpos em escala comercial na indústria pesada (alumínio, cimento, produtos químicos e aço) e no transporte (aviação e marítimo) — setores que atualmente respondem por um terço das emissões globais — e em suas cadeias de suprimento de energia.

 

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